terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

INFANTILIDADE INOPORTUNA

O ditado «pela boca morre o peixe» continua a ter actualidade impressionante, sinal da fraca capacidade de aprendizagem das pessoas. Não vou agora referir-me às múltiplas «gaffes» de M Pinho e outros governantes e seus compadres nos areópagos políticos, mas tão somente àquela criança que um dia, em terras transmontanas se queixou de ter sido bebé prematuro e de os irmãos e familiares darem pontapés e encontrões na incubadora. O rapaz cresceu mas, dado o mau funcionamento do ineficaz ensino nacional (muito preocupado com TLEBS e inquéritos sexuais), ainda não aprendeu as regras sociais nomeadamente as que se referem às formalidades da «democracia» em que é suposto vivermos.

Incompreensivelmente, aparece agora a sugerir que o Presidente da República antes de introduzir na urna o voto do «sim» ou «não» do próximo dia 11 (nem é o das Torres Gémeas nem dos comboios de Madrid, mas...) o mostre a quem estiver à vista ou através da comunicação social.

A serem verdade estas notícias, trata-se de uma infantilidade inoportuna e inexplicável (para não utilizar outros adjectivos), pois este acto é proibido pelas normas vigentes que impõem o secretismo do voto e proíbem qualquer acto de propaganda ou aliciamento ao voto desde as 24 horas da antevéspera até depois do encerramento das urnas. Também não seria curial que antes desse período de reflexão o PR de todos os portugueses viesse fazer propaganda por uma das opções num problema que é apenas do foro íntimo de cada eleitor.

Não espero que o PR caia em tal armadilha, e parece que ao prematuro mais valia estar calado e talvez esteja a necessitar de continuar por mais algum tempo na incubadora, para evitar precipitações impróprias e prejudiciais dos objectivos que se propõe.

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