segunda-feira, 4 de março de 2013

Suíços dão exemplo de tecto salarial dos executivos


A notícia [Suíços aprovam em referendo limites aos salários dos executivos], mostra que não faltam bons exemplos para combater as crises sócio-económicas e financeiras, sem recorrer arrogante teimosamente à austeridade excessiva.

Não consta que a Suiça esteja em recessão semelhante ao que se passa em Portugal, nem com uma austeridade que esmague a população mais carente como acontece aos portugueses. Mas, por cá, os mais beneficiados com abusos em salários e pensões de reforma, estão ou estiveram na política ou são do mesmo grupo, como coniventes ou cúmplices dos assaltos directos ou indirectos aos cofres nacionais. Impõe-se uma medida semelhante à Suíça e com a expressão dos salários e mordomias, não em milhares de euros mas em salários mínimos, para ser mais fácil sentir-se a diferença entre os mais favorecidos e os mais desprotegidos e abandonados, pelo regime.

Imagem de arquivo

3 comentários:

A. João Soares disse...

Eis o resultado do referendo:

Referendo nacional dá a vitória aos partidários das limitações, com 67,9% dos votos. É uma "vitória histórica da democracia", considera o proponente da iniciativa, Thomas Minder.

A. João Soares disse...

Tem interesse ler o artigo de Fernando Santos

Salários e prémios pornográficos

E entre nós quando decidirão inserir um pouco de moralidade e de pudor, não só nas empresas, mas também nos salários do Estado e nas reformas milionárias?

Para abrir o artigo basta fazer clic no link

A. João Soares disse...

Uma semana depois surge a notícia:

Bruxelas quer limitar salários dos líderes de empresas cotadas na UE

Por Agência Lusa, publicado no Ionline em 9 Mar 2013 - 19:17

A Comissão Europeia (CE) quer limitar os salários dos dirigentes de todas as empresas cotadas em bolsa dentro da União Europeia (UE), sublinhou o comissário europeu do Mercado Interno, Michel Barnier, ao jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung (FAS).

"Em todas as empresas cotadas em bolsa dentro da União Europeia, os acionistas deverão tomar decisões ao nível dos salários, incluindo as reformas douradas, e as remunerações deverão ser mais transparentes", disse Barnier ao jornal que será publicado no domingo.

O responsável sublinhou que "é preciso voltar a uma economia social de mercado" e que "as empresas não devem ser lojas em autosserviço para os dirigentes".(...)

Esperemos que será um indício de que as empresas passarão a dar mais atenção às suas finalidades perante trabalhadores, fornecedores e clientes, além do capital e dos seus administradores, que têm vindo a servir-se delas de forma imoral, ilegitima e socialmente injusta, como sua fonte de enriquecimento pessoal.