domingo, 10 de março de 2013

Conceito Estratégico


O código do vídeo tem qualquer deficiência que não possibilita a reprodução aqui. Tem muito interesse. E, para o abrir no original, faça clic no nome do entrevistado.

Entrevista a Luís Fontoura que foi o universitário e político a quem o governo pediu para coordenar uma comissão para a revisão do Conceito Estratégico da Defesa Nacional. Na véspera da versão final do documento ser discutida na Assembleia da República, Luís Fontoura afirma à Antena1 que o conceito deve ser só um: a sobrevivência de Portugal.
A revisão do Conceito Estratégico da Defesa Nacional foi trazida para a ribalta com a polémica criada à volta da especialização das polícias. Porém, Luís Fontoura considera que há outras questões mais importantes para discutir, como por exemplo a falta de comunicação entre polícias devido ao uso de diferentes empresas de rede de telemóvel. A coesão nacional é um dos temas caros a este professor universitário e político.
Nesta entrevista conduzida pelo jornalista Ilídio Trindade, Luís Fontoura revela que o executivo não lhe fez chegar a versão final do documento que vai ser discutido no Parlamento, daí que não tenha conhecimento do texto que chegou às mãos dos deputados.

2 comentários:

José Lopes disse...

Há quem diga que é tudo uma trapalhada, mas pode ser mais do que isso: pura manipulação.
Cumps

A. João Soares disse...

Caro José Lopes,

É realmente um problema complexo, tanto que não está ao alcance destes «jotinhas» que não demonstram a mínima capacidade para pensar devidamente os mais simples problemas nacionais. Perante os casos que lhes surgem, cada um olha para uma parte da franja e «decide» como deve ser resolvido «custe o que custar» e não tem poder de diálogo com os outros que olham para outra parte da franja e emitem uma opinião diferente, também «muito segura». Mas nenhum foi ao fundo do problema. Por isso fica uma trapalhada de desgaste de recursos sem o problema chegar a ser colocado em equação e muito menos resolvido. Fica realmente uma trapalhada em que cada decisão complica ainda mais, por deixar o cerne intacto, mas as franjas mais emaranhadas.

No IDN (Instituto de Defesa Nacional) começou a funcionar um curso de pós-graduação em 1979, denominado Curso de Defesa Nacional, em que a maior parte dos auditores eram civis, porque o Conceito de Defesa Nacional assentava em todas as actividades nacionais, em consonância com o que agora nos diz o professor Luís Fontoura. A Defesa Nacional, em sentido lacto, engloba tudo desde a ecologia, as exportações, a formação profissional, até à segurança interna e estratégia militar.

Tudo, mesmo a fama do Ronaldo contribui para o prestígio da imagem de Portugal no Mundo. Cabe ao Governo definir o Conceito de Defesa Nacional e colocar todas as peças a funcionar bem, cada uma nas suas tarefas. É aqui que está a impossibilidade: os governantes são incapazes de vestir a necessária humildade para ouvir os outros, aprender, analisar os problemas de forma intensa e interessada e só depois decidir.

Há tempos coloquei aqui um post com a metodologia de preparação das decisões. Seria bom que os governantes se debruçassem naquelas poucas linhas e as meditassem demoradamente. Pensar antes de decidir publicado em 4 de Dezembro de 2008 e que nunca perderá actualidade.

Abraço
João