No final de 2012, segundo dados revelados pelko Banco de Portugal, a dívida pública atingiu os 203,4 mil milhões, correspondentes a 122,5% do Produto Interno Bruto (PIB), valor que ficou acima das expectativas da troika incluídas na sexta avaliação ao programa de ajustamento financeiro, segundo as quais ela não deveria passar dos199,7 milhões de euros, o equivalente a 120% do PIB.
O espanto causado por notícias deste género gera as seguintes interrogações:
Como se explica que, após 20 meses, ainda não tenha parado o agravamento da espiral recessiva?
Porque é que, em tal período, ainda não se parou com as despesas sumptuosas e abusivas de reformas milionárias, por vezes acumuladas, de excessos de assessores e de «especialistas» que não deram ajuda eficaz para encontrar as soluções correctas, de quantidade de deputados acima da média europeia, de mordomias, de carros em abundância, de gastos com fundações, observatórios, empresas públicas e municipais de duvidoso interesse a não ser para os tachistas que delas vivem, etc, etc.?
Quem explica este desnorteamento?
Quem explica a teimosia obsessiva da austeridade que esmaga os cidadãos mais carenciados, trava a economia, leva ao encerramento de empresas, causa despedimentos e desemprego em volume crescente, etc?
Imagem de arquivo
Um mês e muitos pesadelos depois
Há 5 horas
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