Os portugueses são estrutural e tradicionalmente doentes, começando pelos governantes que sofrem de miopia, só conseguindo ver, raciocinar e falar de números e não podendo vislumbrar as populações com os seus variados problemas, dificuldades e carências. Por isso, existe muita susceptibilidade aos problemas relacionados com o Serviço de Saúde.
A actual situação da saúde ressalta em cada dia através das notícias que, embora escassas e bem camufladas, não conseguem deixar de mostrar sãs realidades, quando bem observadas. Vejamos:
No Jornal de Notícias de 28 de Novembro, saiu a notícia Um doente em cada quatro não trata a dor por falta de dinheiro
Mas, no dia seguinte, o respectivo ministro, muito atento aos números de euros, como vem sendo timbre dos governantes, deixou escapar esta arrogância, de bom contador de milhões Taxas moderadoras sobem 50% e Estado vai arrecadar mais 100 milhões.
Mas a crise é tão grave que sentiu necessidade de suavizar o descontentamento gerado pela notícia anterior nos doentes mais carenciados de entre os que pagam taxa moderadora,, prometendo Medicamentos mais baratos dentro de um mês. Mas há que esperar para ver, pois promessas e garantias de governantes são escritas na areia.
Perante os muitos casos como este e o direito e o dever responsável de votar, cada eleitor deve procurar estar informado, para o que convém interpretar cada elemento informativo que recebe de diversas origens, sem paixões nem aversões, para, no momento de dar o seu voto, o fazer com a mais esclarecida consciência e sentido de responsabilidade.
Mensagem de fim de semana
Há 3 minutos
2 comentários:
A palavra deste governo está classificada abaixo de lixo por grande parte dos portugueses.
Abraço do Zé
Caro Zé Povinho,
Temos que concordar que este Governo tomou posse num momento trágico da vida nacional, devido a más governações anteriores de há mais de duas décadas. Depois do 25 de Abril houve graves erros, mas seria de esperar que, a pouco e pouco, o País normalizasse e seguisse os melhores exemplos dos países mais evoluídos, o que não aconteceu, antes se foram agravando os erros anteriores.
O Governo entrou com promessas que não pôde concretizar e caiu em contradições porque não tinha ideia dos inúmeros buracos de contas de mau uso do dinheiro público. Seria indispensável encetar reformas de reestruturação da vida pública nacional, mas não apresentou visão nem coragem para eliminar os vícios e manhas existentes e não investiu contra os reais dominadores da economia e das finanças portuguesas.
Continuamos a ser explorados por bancos, ex-políticos, milionários de grandes empresas e especuladores da bolsa, todos engordando à custa da seiva sugada à grande maioria dos eleitores, que são os mais desfavorecidos, os mais sacrificados, os que classificam de «lixo» as palavras desencorajadoras dos governantes.
E o governo em vez de nos apresentar ideias de estratégia de desenvolvimento, que orientem as actividades económicas para o sucesso dos próximos anos, limita-se a alimentar o medo, a descrença, a ansiedade, a convicção de que no próximo ano a vida será do que se pensa. E a falta de esperança no futuro, não incentiva aos sacrifícios de hoje, por não lhes dar um vislumbre de virem a ter dividendos.
Mais uma vez se dá razão ao dito popular «quando o mar bate na rocha quem se lixa é o mexilhão». Os poderosos conseguem sempre ficar de lado e fugir aos impostos em verbas muito elevadas, como o Américo Amorim e outros.
Mas, quando a classe média deixar de poder pagar e os pobres morrerem de fome e de doença, os ricaços deixarão de ter quem pague impostos para eles continuarem na maior e deixarão de ter empregados para os servir. Como será depois? Os sábios e inteligentes que tanto falam de cátedra nas televisões terão já pensado nisto?
São indispensáveis grandes mudanças, mas os actuais «donos do Poder» serão capazes de alterar adequadamente o regime a e estrutura do Estado? Terão coragem e patriotismo para isso? A minha grande dúvida é se será lógico esperar que apareça uma equipa governativa com coragem e patriotismo para reestruturar todo o Estado. Com o sistema partidário que temos, tal tarefa não terá lugar porque a oposição não permite e o povo, sob o peso da propaganda, não votará em quem fizer tanto sangue aos poderosos. Na realidade não é o governo que decide, mas os bancos, grandes empresas e pressões internacionais, tipo Bilderberg, maçonaria, etc, etc.
Gostava de ser optimista e esperançoso, mas isso é tarefa muito difícil, só possível para filósofos geniais… ou lunáticos.
Abraço
João
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