Será admissível que haja eventuais excepções, mas a ideia reinante nos portugueses é que o objectivo principal dos candidatos às eleições não será a defesa dos interesses dos portugueses, isto é, dos interesses nacionais.
Se alguém tinha dúvidas, elas esmorecem perante notícias como a que o Jornal de Notícias publica sob o título Parlamento é "escritório de representações", de Ana Paula Correia.
Segundo ela, a organização Transparência e Integridade, pelas palavras do seu vice-presidente, Paulo Morais, identifica casos de conflito de interesses .
«A análise fina do registo de interesses dos deputados e o cruzamento com a actividade parlamentar que desempenham permite a Paulo Morais, afirmar que o Parlamento "é um escritório de representações".»
«A Assembleia da República "abastardou-se" e, por isso, Paulo Morais entende que a presidente do Parlamento "tem a obrigação de tomar uma atitude, em nome dos princípios éticos", uma vez que não está em causa qualquer ilegalidade. "Se nada for feito, pode aplicar-se o aforismo que diz que 'tão ladrão é o que vai à horta como o que fica à porta'"».
É para isso que nos pedem o voto, usando promessas enganadoras e palavras sonantes!!!. Acho muito irónico Paulo Morais citar a «legalidade», pois é um argumento que os políticos nunca devem utilizar em benefício próprio, pois ela é uma artificialidade criada no Parlamento, com os «buracos» e as vírgulas convenientes para lhes permitir fazer, impunemente, as tropelias que desejarem, como a «acção directa» aos gravadores de jornalistas e outras coisas como atrás referida de usar as comodidades do Parlamento para realizar trabalhos alheios à finalidade da Instituição (segundo órgão de soberania), e possivelmente colidindo com o interesse nacional.
Imagem do JN
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