Centenas de egípcios desafiaram as autoridades e protestaram contra o Governo no Cairo, num “dia de ira”. As críticas ao regime têm vindo sobretudo de activistas on-line, que marcaram a manifestação para um feriado em honra da polícia. As manifestações, num “dia de revolta contra a tortura, a pobreza, a corrupção e o desemprego”, serão o teste para ver se o activismo consegue passar dos chats e blogues para as ruas.
“Cenas extraordinárias no Cairo enquanto milhares e milhares marcham com aparente liberdade depois de anos e anos a verem cada protesto anti-governamental imediatamente reprimido pela polícia”. “A polícia anti-motim segue atrás mas parece não estar certa do que fazer”, comentou: “três manifestações estão a ir agora para partes diferentes da capital, todas romperam cordões policiais, mas parece haver pouca coordenação sobre o que fazer a seguir.” Isto é relatado por Jack Shenker, jornalista do diário britânico "The Guardian".
Significativamente, o influente opositor egípcio Mohamend ElBaradei, ex-director da Agência Internacional de Energia Atómica e Nobel da Paz em 2005, garantiu que vai hoje mesmo juntar-se à vaga de protestos no seu país natal, onde a contestação nas ruas ao Presidente, Hosni Mubarak, entra já no terceiro dia consecutivo.
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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Egipto com o povo a manifestar-se
Publicada por A. João Soares à(s) 18:02
Etiquetas: Egipto, liberdade, manifestação
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2 comentários:
A contestação está nas ruas e o poder ameaça cair nas ruas. O apego ao poder do presidente e a repressão podem levar a extremismos piores do que os já verificados, em que até o Museu do Cairo já foi vandalizado e vários manifestantes foram mortos.
A zona está em polvorosa...
Cumps
Caro Guardião,
Tenho aqui deixado avisos aos nossos governantes para terem em atenção o que se passou na Tunísia e que está a repetir-se em vários países.
Hoje é muito arriscado para os viciados no poder que defendem com teimosia e arrogância, optarem pela repressão em vez do diálogo, de concessões e da evolução pacífica de modo a reduzir o descontentamento das pessoas.
Quando a situação se agrava, quem nada tem nada perde, mas os que tudo têm, os do Poder, podem perder a própria cabeça. Na Tunísia o ditador Zine El Abidine Ben Ali conseguiu salvar a vida, mas o HosniMubarak se insiste em agarrar-se ao poder pode não ter igual sorte. Talvez fosse prudente uma boa negociação com o Nobel da Paz Mohamed ElBaradei, por forma a haver uma transição sem muitos mais sobressaltos para bem das populações egípcias.
Em todo o lado o Poder embriaga os poderosos autoritários e ambiciosos, perturba-lhes a visão e não conseguem descortinar o melhor caminho.
Os sinais que fazem prever o futuro próximo são muito pouco animadores.
Abraço
João
Só imagens
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