É inquestionável a necessidade de moralidade e seriedade na administração do dinheiro público, em qualquer circunstância, mas com maior e mais rigorosa justificação em situação de crise em que são exigidos enormes sacrifícios a grande maioria da população. Com quase um ano de exercício do actual Governo e depois das promessas feitas na campanha eleitoral, era de esperar que tivesse sido travada a descida para o abismo. Mas, apesar de palavras de fantasioso optimismo, a informação que chega, embora cautelosamente dissimulada, mostra que a descida continua embora, talvez, com velocidade menos acelerada.
Por exemplo, não pode passar despercebida a notícia de que A classe média também já vai buscar comida às cantinas sociais.
E perante os sinais de crise aguda, continuam os vícios de corrupção, compadrio, negociatas em favor de amigos, à custa de abusos imperdoáveis de mau emprego do dinheiro dos impostos, como diz a notícia de que o Estado gasta por mês 130 milhões de euros sem concurso o que, para mais, prejudica o bom funcionamento da economia que era suposto e desejável basear-se na livre concorrência e na iniciativa individual.
Mas os abusos vão muito mais além e, por exemplo, a notícia Aulas no privado dadas pelo chefe diz que a empresa «Estradas de Portugal (EP) pagou formação a, pelo menos, sete funcionários do departamento de informática numa universidade privada. O director do curso era o superior hierárquico dos trabalhadores em questão.» Há instituições públicas em que se usa o sistema «on the job training» e, no caso versado, isso até seria fácil porque ao superior hierárquico foi reconhecida capacidade para ministrar a instrução.
Imagem de arquivo
As péssimas companhias de Guterres
Há 3 horas
4 comentários:
Continuemos para bingo.
"SEM PALAVRAS"
O título contém uma imprecisão: a crise ainda não chegou, ela só aparecerá depois do 2º resgate. No tal célebre 23 de setembro 2013, há 10 mil milhões para pagar, e só por sonhos é que Portugal os arranjará nos mercados, logo será preciso a troika emprestar para pagarmos, como o fez no ano passado e continua fazendo. Ou seja virão outras medidas de austeridade, que todos já perceberem quais são: redução dos salários da função pública (o privado é outra discussão), redução das pensões, enfim toda a área social do Estado. Então quando esse novo plano de resgate terminar é que virá a crise, ou seja: os reformados deixarão de receber, ou receberão uns trocos, subsídios de desemprego não haverá, a saúde estará ao nível de antes da grande guerra, o português terá direito a penicilina e já é um pau, não haverá dinheiro para nada mais moderno, etc etc. e não é o efeito Hollande que vai mudar isto, nem eurobonds, (bom, poderá adiar a data), porque o problema europeu (e americano) é económico.
... e a meia dúzia que controla a economia mundial continua a ganhar muito dinheiro e não vê razões para mudar as coisas.
Caros Campista Selvagem e Táxi Pluvioso,
As perspectivas são realmente muito negras, principalmente para os vindouros. Mas, entretanto o Governo vai reduzindo a quantidade dos cidadãos não produtivos que ele considera serem um peso para as contas financeiras.
Temos que levar muito a sério esta opinião. O economicismo, se continuar pelo caminho que leva, conduzirá à eutanásia forçada pelo Poder políticos: Quando um reformado, depois de deixar a vida activa, for pela primeira vez ao médico, mesmo que tenha uma doença grave, ouvirá do médico: leve esta aspirina e tome com um copinho de água, e se não passar volte cá. Claro que isso não o cura e ele volta e então o médico diz: Não esteja preocupado, Antes de se deitar tome este comprimido com um pouco de água tépida e vai ver que amanhã estará bom e nada lhe doerá. E ele no dia seguinte não sente mais dores nem nada!
O Estado poupa, na pensão de reforma, nos serviços de saúde e noutros eventuais apoios a dar a idosos.
Os médicos hoje não colaborariam nisto mas os estatutos de ética da ordem virão a ser actualizados e os funcionários do Estado têm que cumprir as ordens superiores.
Achas que sou duro? Mas talvez seja um profeta a prever um futuro próximo!
Já há dificuldades em tratar da saúde, em se alimentar em fazer face a necessidades inadiáveis.
Aos políticos não se pode comprar um carro usado, não merecem a mínima confiança.
Os poderosos nacionais e internacionais, pensam apenas no seu bem-estar, como autênticos senhores feudais, mas continuando com a sua estratégia, virá o ponto em que já não terão quem os sirva e acabarão por morrer sem alimento nem comodidades, por falta de servos.
É preciso pensar a sério na solução a adoptar, para alterar esta rota que está dirigida para o colapso final.
Cumprimentos
João
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