Ao longo de mais de oito séculos de História, os portugueses passaram por diversas crises económicas, políticas e sociais e, talvez baseado nesses dados do passado, o ministro das Finanças afirmou, usando mais uma vez o verbo «garantir», que a história garante que venceremos a crise.
Seria desejável e um tónico para a esperança do povo português que o ministro, mesmo que não «garantisse», dissesse que as medidas já tomadas estão a dar bons resultados e que é de esperar que com os planos do Governo, em fase de implementação, Portugal venha a sair da crise no próximo ano em que já Frasquilho previu que se inicie o «crescimento positivo».
As palavras do ministro fazem recordar as do Rei de Espanha ao Presidente Hugo Chávez «porque não te calas?». Realmente Portugal ultrapassou muitas crises ao longo da sua história, mas a maior parte delas terminaram com a força das armas e dos paus de marmeleiro, correndo com políticos que deram lugar a outros mas causando sofrimento e perdas de vidas a pessoas inocentes e destruindo haveres e património público e privado. Perante esses desfechos que a História reporta, parece mau sintoma um ministro estar a fazer recordar as soluções para as crises da História. E, por outro lado, não perspectiva desempenho positivo por parte dos governantes, pois tais palavras podem levar a concluir que da iniciativa governamental não esperam mais do que dos casos da História.
Enfim, mais uma vez, se conclui que os homens públicos devem pensar previamente e preparar as frases que vão dizer em público, para que os efeitos não sejam opostos aos pretendidos.
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Frases de 2024 (30)
Há 4 horas
2 comentários:
Os sucessivos ministros das finanças têmsido pródigos em anunciar o fim da crise para breve, o pior é que não acertam e nós estamos cada vez pior.
Abraço do Zé
Caro Zé Povinho,
A sua observação tem resposta em vários posts e vídeos aqui colocados de que lhe cito o Recado a jovens economistas e a governantes.
Para nos convencerem que são sábios, ficam com obsessão dos números e atiram com eles friamente sem pensarem com as pessoas. O certo é que, apesar do grau académico e do currículo, têm-se mostrado incompetentes e incapazes de analisar os sinais de que a crise estava iminente, de a evitar por meio de medidas adequadas, de moderar os seus efeitos logo de início e, finalmente, de encontrar soluções correctas e eficazes para cada sector. O único sector que encararam foi o da alta finança, dos bancos, originários da crise com o marketing para consumismo, endividamento e crédito do tipo «vá para férias e pague depois».
Dos políticos nada de bom se pode esperar porque são indivíduos pouco qualificados sem preparação, sem bom senso, sem experiência da vida responsável. Sabem apenas de ambição, arrogância, abuso do poder, vontade de enriquecimento rápido por qualquer forma, e avançar nos seus objectivos pessoais, teimosamente «custe o que custar».
Por isso, acabam por ser todos iguais na ausência de bons resultados.
Abraço
João
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