A privatização dos estaleiros de Viana do Castelo, segundo os trabalhadores constitui um problema que os afecta, por poder reduzir os postos de trabalho e, segundo eles, por diminuir a soberania nacional. Mas para os restantes cidadãos não deixa de ser motivo de atenção sobre os pormenores (poucos) que virão a público.
Notícia de hoje diz que Passos Coelho quer privatização rápida dos Estaleiros de Viana, só faltando dizer «custe o que custar». Outra notícia confirma Governo vai reprivatizar a totalidade dos Estaleiros de Viana e pouco tempo depois outra já mostra mais um acto que constitui um passo em frente Ministro da Defesa chama autarca de Viana para explicar futuro dos Estaleiros.
E logo depois surgiu a declaração de duas empresas, Douro Azul e Martifer sem interesse na privatização dos Estaleiros, afirmando que «estão fora da corrida à privatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) mas consideram que o problema da empresa poderia ter sido resolvido em Agosto último.»
Neste mundo em que tuto é dominado pelo alto capital, ao qual o poder político se submete, não seria de espantar se os estaleiros acabassem por ficar com sotaque português nas mãos de um grupo constituído ad hoc liderado por Alexandre Soares dos Santos, da Jerónimo Martins, com a colaboração de António Borges, até porque a acção deste no grupo do Pingo Doce não é incompatível com as altas funções que exerce no Estado em relação com as privatizações. Depois dos casos recentes da Lusoponte e da EDP, será mais um sinal de confiança como o PR pediu, embora diferentes dos que ele desejaria.
Imagem do Público
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