A neurologista Teresa Paiva admite que o alucinante ritmo de vida agravado pela crise pode estar a tirar, cada vez mais, o sono aos portugueses. Alerta para com soluções porque, se não dormirmos bem, tudo o que está mal só pode ficar pior. Este é lado positivo apresentado no artigo Mais de metade dos portugueses sofre de falta de sono.
Segundo ela, «a estratégia passa, entre outras coisas, por "parar o desassossego", ir para casa mais cedo, ver poucos telejornais, ter horários para jantar e dormir e por nos agarrarmos a uma "atitude positiva"».
"Há estudos feitos em todos os continentes que provam que dormir pouco tem um aumento de risco de hipertensão arterial, diabetes, obesidade, insónia, depressão, cancro, morte mais precoce e riscos cardiovasculares. Mas depois vemos que há imensas influências sociais no sono."
"As coisas sempre foram difíceis. O sentimento de medo existe mas também é criado por nós - pomos esta crise negríssima. Temos de parar este desassossego. Há muita coisa entre o céu e a terra, além da economia e das finanças. Se as pessoas tiverem uma atitude mais optimista, tudo melhora."
Há que aproveitar esta crise para uma mudança de hábitos - uma mudança de vida. E se as pessoas trabalharem menos, forem para casa mais cedo, tiverem horários regulares para comer e deitar, escolherem uma alimentação equilibrada e desenvolverem actividade física, vão dormir melhor. "Há um estudo recente com 20 mil pessoas que prova que os indivíduos que tomam cronicamente hipnóticos têm um risco aumentado de cancro e de morte mais precoce",
"O problema não é não dormir. O não dormir é uma consequência."
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