O título desta notícia Cavaco pede mais sinais de confiança para o país sair da crise soou-me mal, mas fui pesquisar noutros jornais e não encontrei palavras de Cavaco que correspondessem textualmente a esta referência aos sinais. A frase mais aproximada da realidade poderá ser esta "confiança é palavra chave" no momento atual do país para "mobilizar os cidadãos e vencer as dificuldades".
Parece lógico que os sinais surgirão espontaneamente a jusante dos resultados das medidas implementadas, depois de decisões adequadas tomadas com base em estudos realizado de forma realista tendo em conta todos os factores implicados, em que as pessoas, os recursos financeiros e o tempo não podem ser esquecidos.
Não se pode nem deve pedir a ninguém sinais de confiança, pois tal pedido não é atendível, mas o povo quando começar a ver resultados de medidas eficazes passará a ter alguma réstia de confiança. O Governo tem repetidamente usado o verbo GARANTIR em vez de desejar ou de esperar, mas esse verbo já nada diz ao povo que lhe inspire confiança, antes reduz a pouca credibilidade de quem dela tem abusado.
O Sr. Presidente deverá incentivar tais medidas concretas, o que nem lhe deve ser difícil dada a sua formação académica e experiência política. Os casos da Lusoponte, da EDP e a recordação reavivada diariamente do Freeport e da Face Oculta, são obstáculos a que se possa gerar uma fundamentada onda de esperança.
Apenas nos é permitido ter fé e esperança!!
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Frases de 2024 (30)
Há 4 horas
2 comentários:
Na falta de pão, há que entreter com circo. Não somos romanos, nem império, para termos as duas coisas. boa semana
Caro Taxi Pluvioso,
Parece que é isso que se aplica à nossa vida pública. Em vez do pão, isto é, de se concentrarem na procura de soluções correctas e eficazes, os nossos políticos, perdem o tempo a aparecer nas televisões para dizerem coisas que estão abaixo de banalidades, pois são tontices imperdoáveis, para o nível intelectual e cultural que deviam esforçar-se por fazer que têm. Só uma cabeça vazia se pode vangloriar de dar prioridade aos «sinais», às fantasias, aos espectáculos de criar ilusões no povo em vez de mostrar ao povo resultados sérios daquilo que estão a fazer para sairmos da crise. Mas para isso seriam precisos resultados que, infelizmente, não existem. Vemos sinais de profunda ausência de sentido de ESTADO, uma real confusão entre os interesses do Estado e os interesses privados do Pingo Doce, da EDP, da Lusoponte, etc. Claro que o Sr Alexandre Soares dos Santos não vê incompatibilidade em ter sob as suas ordens o António Borges que, pelas suas funções na máquina pública, lhe pode facilitar as tentativas de adquirir interesses nacionais que venham a ser privatizados. Alguém tem dúvidas? Mas o Estado sairá prejudicado por este jogo duplo do menino bonito da alta finança internacional.
Como é que um indivíduo que está divido pelas duas partes num negócio pode beneficiar ambas. Como é que um advogado poderia trabalhar para o réu e para o queixoso de um processo?
Caro Amigo, estes jogos entre o público e o privado é o grande sinal da nossa crise que prejudica os mais pobres e transforma em pobres os, até agora, chamados de classe média.
Abraço
João
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