Transcreve-se artigo do Ionline, seguido de NOTA:
Passos. «Nunca o critério partidário foi tomado em conta para nomeações»
Ionline. Por Sónia Cerdeira, publicado em 20 Jan 2012 - 11:03
Passos Coelho recusou hoje que as nomeações feitas até agora pelo governo tenham tido em conta o “critério partidário”. O primeiro-ministro respondia ao secretário-geral do PS, António José Seguro, que o acusou de estar de “braços arregaçados” para fazer “nomeações da sua clientela”.
“Dizia: ‘Não quero ser eleito para dar emprego aos amigos, não quero que o Estado seja prisioneiro de clientelas partidárias’. Pode dizer o que quiser mas os factos e nomeações falam por si”, acusou Seguro, questionando Passos pelos despachos sobre as reconduções de dirigentes que foram feitas na Administração Pública.
Passos rejeitou as acusações e garantiu que na Administração Pública “podem existir pessoas de diversas orientações partidárias”. “Há casos bem notórios que ilustram isto”, afirmou Passos. “Nunca o critério partidário foi tomado em conta para nomeações”, concluiu, referindo a nova lei sobre os dirigentes públicos em que haverá uma entidade independente para organizar concursos públicos.
NOTA: Afinal, há outro!!! Há outro critério superior ao partidário, mas com resultados semelhantes, o de compadrio, o de conivência, o de conluio ou o do «preço de mercado». Ninguém fala no critério de competência ou de provas dadas de valor incontroverso, com isenção e patriotismo. Continuo a achar muita graça ao mau uso do verbo garantir (do dicionário: afiançar, abonar, responsabilizar-se por, afirmar como certo, tornar seguro), quando se podia ficar por desejar, esperar, pensar que. E com tal abuso se perde credibilidade.
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