Se é certo que cada pormenor deve merecer a atenção devida e proporcionada, é indiscutível que deve ser sempre analisado dentro de um conjunto mais vasto. A táctica só tem interesse se contribuir para a consecução do objectivo estratégico.
A notícia «Assunção Cristas garante ajudas para vitivinicultores afectados pela quebra de produção», mostra o seu interesse em não recusar ajudas pontuais, isoladas, muitas vezes como reacção a apelos de pessoas lesadas por efeitos de riscos inerentes à sua actividade. Porém, não deve esquecer-se que toda a actividade tem riscos e aqueles que as praticam devem ter consciência disso. Não podem colher benefícios e, quando os não há, irem exigir que os seus riscos sejam suportados pelos outros contribuintes.
Neste momento, em questão de ajuda á Agricultura parece de maior prioridade e urgência reestruturar o actual sistema complexo de distribuição por forma a reduzir o número de intermediários, desde o produtor agrícola até ao consumidor final, que nada acrescentam ao real valor dos produtos alimentares e apenas lhes aumentam o preço. Valerá a pena comparar o preço médio de venda pelo produtor com o preço de compra pelos consumidores. O factor de multiplicação é espantoso.
E para reactivar a agricultura que tem estado adormecida há décadas, será conveniente difundir, em contacto directo e na área, noções de agricultura moderna e de escolha dos produtos a criar em cada zona, conforma as características dos terrenos e das condições climáticas. Os técnicos dependentes do ministério devem perder o receio de sujar as botas com pó e lama.
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