sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Empobrecer mais a maioria da população

Duas notícias, depois de muitas outras em tom semelhante, deixam os cabelos em pé:

1. Taxas moderadoras na saúde vão aumentar mais do que inflação
Esta contradiz frontalmente a ideia que o inefável engenheiro Ângelo procurou vender sem pudor nem vergonha, em Castelo de Vide. Não queira convencer-nos de que os super-ricos são afectados por este aumento. Eles, tal como um ex-ministro da saúde confessou, não vão aos hospitais públicos!!!

2. Governo quer cortar 1500 milhões de euros nos ministérios sociais
 Esta junta-se à anterior também a destruir a falácia do ilusionista engenheiro Ângelo. Como provará que esta medida vai afectar os ricos da mesma forma que os pobres? Como justifica que o fosso entre os mais ricos e os mais pobres esteja a aumentar? Como explica que em época de crise em que os pobres apertam o cinto á volta das vértebras, os super-ricos se gabem de aumentar as suas fortunas e de as suas empresas terem lucros de milhões?

Os impostos aumentam e são criados outros novos, os cortes na saúde disparam escandalosamente. Nos apoios sociais passa-se o mesmo. Tudo isto recai nos mais carentes, pobres e classe média.
Mas as despesas do Estado não encaram a redução através da solução preconizada por Luís Marques Mendes na sua lista com dezenas de institutos públicos que devem ser extintos ou fundidos. Ou será que a solução então apresentada só era válida para o governo anterior e, agora, não pode ser considerada para poderem ser anichados os actuais «boys», especialistas, assessores, compadres e afilhados, que já vão em cerca de 500, além de administradores para reforçar equipas que estavam eficientes?

Em vez da prometida simplificação e agilização da máquina do Estado assiste-se à criação de «grupos de trabalho» e de «task forces», de que resultará certamente aumento das despesas e da obesidade do Estado. Será que houve estudos rigorosos que levaram a concluir da necessidade de tal criação? Será que vai haver clara definição de tarefas e dos critérios de avaliação de desempenho?

Será que o actual Governo pretenderá seguir os conceitos do cardeal Mazarino, uns anos antes de a guilhotina da Revolução Francesa dar remédio aos exageros e injustiças criadas por tais conceitos? Haja bom senso!

Imagem do Google

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