É lógico que na AR haja matérias classificadas que não devem ser divulgadas extemporaneamente para não gerarem pressões e consequente tráfico de influências do interesse de poderes económicos e financeiros que dificultem o eficiente estudo dos problemas a decidir com sentido de Estado. Nas fases iniciais de estudo de elevada relevância, a forma como é efectuada a análise da informação convém ser reservada apenas aos elaboradores do estudo e àqueles que nele colaborem.
Por isso é lógico que haja investigação às fugas de informação classificada e que dela resulte condenação dos infractores. Mas a notícia Parlamento vai ter investigação própria às fugas de informação suscita as interrogações ainda não havia tal investigação? A Justiça não poderia fazer isso? Não se estará a criar mais um «job for the boys»?
Quando foi criada a ASAE, houve a intenção de simplificar e tornar mais eficientes as tarefas que estavam a cargo de três instituições que pouco faziam e cada uma atribuía as responsabilidades às outras duas, dizendo que era atribuição de uma delas. Com tal reestruturação, simplificou-se e criou-se eficiência. Agora, se for criada uma nova instituição para fazer o que as existentes poderiam fazer, parece estar a ir-se no sentido contrário, que é errado quanto a eficiência e a custos.
Parece que, tal como na engorda da administração da CGD, estamos perante uma activa intenção de arranjar mais «jobs» onde encabidar os amigos, como se se tratasse de uma agência de emprego para amigos. Assim, não se reduzem as despesas públicas e não se sai da crise sem aumentar o asfixiamento dos cidadãos, com mais impostos.
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quarta-feira, 27 de julho de 2011
Segurança de informação na AR
Publicada por A. João Soares à(s) 19:13
Etiquetas: parlamento, segurança
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