O anunciado «imposto extraordinário» que consiste no corte dos subsídios de Natal, também conhecido por 13º mês, acompanhado de uma tabela das percentagem aplicáveis aos diversos níveis de salário, tem sido alvo de críticas, porque onera mais a classe média do que a classe alta.
Efectivamente, não é justo que em proporção sejam os mais pobres a pagar a crise: Vejamos quais os valores do subsídio de Natal a receber, nos diversos níveis de salários:
Quem ganha 2000 recebe 1242
Quem ganha 3000 recebe 1742
Quem ganha 5000 recebe 2742
Quem ganha 10000 recebe 5242
Assim se aumenta o fosso entre ricos e pobres
Para haver a justiça social de que tanto se fala, parece que seria mais adequado, por exemplo, que até aos 2.000 de salário recebessem o total do salário mensal, que acima desse patamar e até aos 5.000 recebessem o mesmo (2.000) e que, daí para cima, não recebessem nada, o que pouca diferença faria no seu nível de vida.
Bem sabemos que será necessária muita coragem ao Governo para enfrentar os mais poderosos. Mas é nestas situações que se mostra a autoridade moral !!! Mas não seria impossível adoptar uma solução baseada nesta sugestão pois até o Líder dos empresários apoia imposto e diz que consumo no Natal "é um disparate". Realmente, em época de crise, seria sensato afrouxar a ânsia de consumismo e de ostentação em dissonância com a realidade actual.
Imagem da NET
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Imposto extraordinário e justiça social
Publicada por A. João Soares à(s) 21:25
Etiquetas: consumismo, justiça social, ostentação
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5 comentários:
Caríssimo Amigo João,
Apoio o teu post e apesar de ser mais prejudicado acho-o justo!
É nestes momentos que se vê a Solidariedade ou o Egoísmo das pessoas!Faça-se uma petição nesse sentido para ser presente na AR!
Um abraço amigo e solidário.
Caro Luís,
Tal como a proposta foi anunciada, o Estado paga a um ricaço s«com salári0o de 10.000€ 4,44vezez mais do que a um funcionário médio com salário de 2.000€.
Isto é aumentar o fosso entre ricos e pobres.
A solução menos injusta, atendendo à crise, seria não dar subsídio de Natal a ninguém.
Os nossos políticos não têm noção de justiça social, embora falem muito dela.
Um abraço
Joãp
Discordo um pouco quanto ao "não dar subsídio de Natal a ninguém", porque é com ele que os pobres vão pagar algumas dívidas. Deste modo, na minha perspectiva, a injustiça seria maior.
Caro Zefoz,
Compreendo o seu argumento. Mas seriaa única forma de os mais abastados, os que têm salário de 10.000€ não acabassem por receber 4,22 vezes mais do que os que têm salário de 2.000€.
Mas esteja descansado que a esses ninguém tira tudo.
Abraço
João
Para haver «justiça social» e reduzir o fosso entre os mais ricos e os mais pobres, tema não debatido tanto como o necessário, surgiu agora a opinião do mega-milionário americano Warren Buffett. Devemos ler, meditar e divulgar a ideia.
"Parem de acarinhar os super-ricos", pede o milionário Warren Buffett
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