Notícia do PÚBLICO diz que a empresa Faianças Bordallo Pinheiro lançou ontem uma nova estatueta do Zé Povinho, com uma mensagem especial: o famoso boneco aparece a fazer um “manguito” à Moody’s, a agência de notação financeira que baixou o rating da dívida portuguesa para o nível de lixo.
Este aproveitamento comercial da empresa de faianças insere-se na campanha conhecida desde tempos históricos de «matar o mensageiro» em vez de analisar a mensagem e tomar medidas positivas.
Como disse João César das Neves em Conspiração, a explicação da actual situação financeira mais correcta e útil para Portugal seria, em vez de atacar as agências de rating, proceder a análise criteriosa «da dívida irresponsável e dos credores com medo compreensível de perder os seus empréstimos». Essa explicação seria «bastante mais plausível» e racional.
Imagem do PÚBLICO
sábado, 16 de julho de 2011
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2 comentários:
A Moody's não é um mero mensageiro, é um interessado porque recomenda investimentos, o que é fazer parte da equação. A empresa, como as outras duas, defende o seu país, os Estados Unidos, o que até se percebe considerando desde já que é o maior devedor, tendo necessidade absoluta de investimento estrangeiro a baixo custo.
O Zé Povinho faz falta, como aliás todo o humor ligado à critica social, e um Zé a fazer o manguito aos nossos governantes também é indispensável.
Abraço do Zé
Caro Zé,
Estamos numa era em que a generalidade das pessoas se contenta em definir situações, por mais complexas que sejam, com uma frase curta, um slogan tipo publicidade do OMO. Mas a realidade aconselha a ver todos os lados do problema para não se deixar esquecido um factor decisivo e determinante.
Como muito bem diz é preciso fazer um manguito às agências de rating, pesadamente influenciadas por interesses menos claros, mas não pode deixar de ser feito também aos políticos que, por incapacidade, incompetência ou incúria, destroem a economia dos países e dão aso às agências para reduzir a cotação do rating.
O que as agências dizem não seria muito danoso aos cidadãos se não se baseassem em dados reais (mesmo que exagerados).
É um facto que existe dívida exagerada e que os credores têm receio de perder os empréstimos que fizeram e querem ser compensados do risco, com juros mais altos. E admira que ainda haja instituições que se prestem a fazer empréstimos a devedores de pouca confiança!!!
Precisamos de governantes que tomem medidas sensatas e eficazes para reconstruir a confiança e dar aos portugueses motivos de esperança em melhores dias.
Abraço
João
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