Pessoas movidas por bom senso e sentido de Estado chegaram a esperar que, tal como as famílias, os serviços públicos aprendessem a gerir com simplicidade e economia os recursos disponíveis.
Mas os gestores públicos e os governantes e autarcas só se lembram das trovoadas quando ouvem os trovões e não aprendem as boas lições, não reformam os seus procedimentos perdulários. Isso fica patente nas notícias que dizem que Câmaras já gastaram mais em luzes e festas de Natal do que em 2012 e que Instituto dos Registos e do Notariado gasta 16,5 milhões em novos cartões do cidadão.
Segundo elas, «26 organismos públicos contratualizaram mais de meio milhão de euros, entre os quais sete câmaras, uma associação de municípios e uma empresa municipal, quatro centros hospitalares, duas entidades regionais, um instituto politécnico e duas empresas.»
«Os gastos com as festas de Natal e deste fim de ano ascendem já aos 3,5 milhões de euros, de acordo com a pesquisa do i aos contratos publicados no portal Base (http://www.base.gov.pt/base2/) até sexta-feira, 20 de Dezembro.»
Verifica-se que o despesismo não pára, apesar das lições da crise. O que estará por detrás desta incongruência? Será para beneficiar os fornecedores de serviços amigos? Para embolsar a percentagem da corrupção? Talvez as duas razões simultâneas?
E não haverá sistema de controlar estes exageros e as prevaricações de desonestidade? Afinal quem defende os contribuintes pagantes? Quem moraliza o regime e defende o dinheiro público, dos portugueses?
E a substituição dos cartões de cidadão não podia esperar por melhores dias?
Porque não se reforma o sistema a fim de combater este vício endémico? É urgente que o Poder instituído aja com urgência em defesa dos contribuintes contra os sugadores do dinheiro do erário. Não deve inibir-se por estar no outono do seu mandato.
Imagem de arquivo
Voto de pesar da AR a Belmiro de Azevedo em 2017
Há 27 minutos
5 comentários:
Por vezes a realidade ultrapassa a ficção
Tudo pelo melhor
Feliz Natal e muita saúde
Cumps
Gastemos à vontade, é Natal, para a classe dominante até é Natal o ano todo (mesmo com o recuo de Loureiro, Oliveira e Costa etc. outros tomaram seu lugar).
BOM NATAL
O Rei dos Leittoes deseja-te um Natal sem porcos e um ano novo sem coelhos. Saudades da velha amizade blogosférica.
Pata Negra
Meus caros Mar arável, José Lopes, Táxi Pluvioso e Para Negra,
Agradeço a vossa atenção e retribuo as boas Festas e desejo os maiores êxitos no Ano que se aproxima. Bem receio que este seja mais difícil do que o que termina. Há números e afirmações de exagerado optimismo que são contrariados pelas realidades e pelos apertos e cortes que nos ameaçam com o orçamento e com o Plano B.
Enviar um comentário