Mudar exige ponderação
A vida é feita de mudança, nenhum dia, nenhuma época, é igual ao passado, o tempo constitui um recurso irrecuperável, pelo que deve ser usado da forma mais proveitosa, em todos os aspectos. Devemos começar pela preparação da sua utilização. Devemos Pensar antes de decidir.
Vem isto a propósito do artigo de opinião no Diário de Notícias Mudar de vida de Manuel Maria Carrilho (cuja leitura se aconselha apesar da sua extensão). Nele, partindo da mudança da hora, reflecte na necessidade de mudar de hábitos, de mudar de vida, como diz, «mudar de hábitos mentais e de ideias».
Mas tais mudanças só podem ocorrer «pela pressão incontornável das circunstâncias, quando elas impõem verdadeiras roturas», como é o caso da crise actual.
E, se a mudança é imprescindível na condução de uma viatura, de um navio ou de um avião, em que é imperioso reparar com oportunidade cada pequeno desvio da rota, ou mudar de itinerário, se ocorrer um impedimento que impeça continuar no mesmo, também na vida privada, nas empresas ou nos Estados, é absolutamente necessário, a cada momento, procurar a melhor solução para o momento seguinte. E uma crise deve constituir um bom incentivo para proceder às mudanças mais racionais e eficazes aconselhadas pelos melhores estudos isentos e patriotas orientados pelos reais e consensuais interesses nacionais.
Carrilho reflecte na conveniência de ser estudado o melhor futuro para a Europa e coloca três pontos a ponderar, quanto a vantagens e inconvenientes para a preparação do futuro do Velho Continente de onde partiu a civilização preponderante no planeta durante cerca de uma dezena de séculos. Tais três pontos centram-se em federalismo, crescimento e proteccionismo.
Oxalá os actuais e futuros governantes dos Estados Europeus se mostrem competentes para delinear o futuro do Velho Continente. De forma exequível e realista para não desmerecer as glórias do passado.
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Rapidinhas de História #7
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