sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Governo «anda desorientado»

Transcrição de notícia (de onde foi transcrito o título deste post) seguida de Nota:

Marques Mendes: Governo fez “ataque à mão armada” aos portugueses
04.10.2012 - 23:34 Por PÚBLICO

"Isto é um ataque sem precedentes à classe média”.

Luís Marques Mendes, antigo presidente do PSD, fez na noite desta quinta-feira um cerrado ataque ao Governo, acusando-o de ter feito “um assalto à mão armada” aos portugueses e de estar “desorientado”. Com vídeo.

No seu habitual comentário no jornal Política Mesmo da TVI24, o Conselheiro de Estado de Cavaco Silva, considerou excessivo o aumento de impostos. E deu como exemplo o facto de os contribuintes que ganham 80 mil euros por ano irem pagar um total de 65% de impostos.

“É um bom ordenado, mas não são milionários, são classe média. (…) Vão dar dois terços para o Estado e só ficam com um terço do ordenado. Vão trabalhar oito meses para o Estado e apenas quatro para si. Isto é uma espécie de assalto à mão armada ao contribuinte. (...) É matar a classe média.”

Outro exemplo deste “assalto”, segundo Marques Mendes, é o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). O social-democrata lembrou a cláusula de salvaguarda deste imposto, decretada por este Governo, que estipulava um tecto máximo de aumento de 75 euros, em vigor nos anos de 2013 e 2014.

“O mesmo Governo que criou esta cláusula, retirou-a agora. Isto é um ataque sem precedentes à classe média”, acrescentou.

O conselheiro de Estado sublinhou ainda que o Orçamento do Estado vai ter dois terços em cobrança de impostos e um terço no corte da despesa, “exactamente o contrário do que o Governo disse que ia fazer”. “Mais impostos vão dar mais recessão” afirmou, acrescentando que este era a receita do Partido Socialista.

Marques Mendes concluiu que o Governo “anda desorientado”, dando como exemplos os casos da privatização da RTP, a Taxa Social Única, as divisões na coligação e as críticas dos ministros aos empresários.

NOTA: Porém, Pedro Passos Promete, como se vê nas notícias seguintes:

- Em 25 de Julho de 2012: Passos Coelho garante que ainda este ano vai cortar nas PPP e Fundações
- Em 14 de Agosto de 2012: Passos anuncia o fim da recessão em 2013
- Em 4 de Outubro de 2012: Passos Coelho responde ao CDS e promete cortar mais despesa
E convém dar atenção ao artigo de Manuel Jacinto Nunes
A caminho do ultraliberalismo, em 4 de Outubro de 2012

Imagem de arquivo

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