Acerca da data da normalização dos subsídios de férias e de Natal, os governantes que usam e abusam do verbo «garantir», não treinaram as informações que pretendiam difundir e, com poucas horas de intervalo, houve discordância entre as afirmações de Gaspar e as de Passos.
Mas daquilo que Passos disse ficou «transparente» a sua intenção de mistificar a distribuição dos subsídios nos salários e pensões mensais e no aumento destes valores para fazer face à inflação. Isso ficou claro nas imediatas reacções de António José Seguro, de Heloísa Apolónio, de Jerónimo de Sousa e de João Semedo, por ordem alfabética.
Já que os governantes gostam de falar e de se guiar pelos números, esquecendo muitas vezes as pessoas, vejamos o que os números dizem: A distribuição mensal dos subsídios juntando-os ao salário ou pensão resulta, só por si, em estes virem acrescidos de 16,67%, isto é, mesmo sem aumento de salário, este se fosse de 100,00 passaria a ser 116,67. Para haver um aumento de salário de 3,33%, o que não seria muito para quem tem vindo a perder poder de compra com vários anos de austeridade, o Governo em ano de eleições poderá deixar-se cair na tentação de fazer propaganda de que venceu a crise e consegue aumentar de 20% os salários e as pensões!!!
Estejamos atentos que até 16,67% não é aumento, mas apenas o duodécimo dos nossos subsídios!!!. Esta é a transparência da aritmética, é a verdade das contas, não é, Sr ministro das Finanças e Sr Primeiro-minstro? Usar estes números como aumento de salário será esperteza saloia ou falsidade.
Imagem de arquivo
Lápis L-Azuli
Há 2 horas
Sem comentários:
Enviar um comentário