Da notícia Ministra da Justiça não garante regresso dos subsídios de férias e Natal em 2015 extrai-se uma dúvida muito dolorosa, não tanto pela incerteza quanto ao futuro trágico que nos espera mas, principalmente, pela falta de confiança que nos merecem aqueles que deviam ser responsáveis pela condução dos destinos da Nação, pela defesa dos nossos interesses colectivos.
A ministra disse que pode não haver margem para repor os subsídios dos funcionários públicos nos moldes em que o primeiro-ministro anunciou recentemente: a partir de 2015, e gradualmente.
Em reacção a isto, o deputado do PS Miguel Laranjeiro disse que “isto demonstra uma desorientação total do Governo. Um dia diz uma coisa, outro dia diz uma coisa diferente… Os membros do Governo não se entendem”.
“Como sabe, sempre se falou em 2012 e 2013 [como os anos em que vigoravam os cortes]. O primeiro-ministro, a determinada altura, já falava em 2014. O ministro das Finanças disse que era um lapso. Agora, a senhora ministra da Justiça diz que não sabe se será, sequer, em 2015?! Os portugueses já não sabem é em quem acreditar, em que membro do Governo podem acreditar, se na ministra da Justiça, se no ministro das Finanças, ou se no próprio primeiro-ministro, ou em nenhum destes três”.
Por seu lado, João Semedo, do Bloco de Esquerda, acusa o Governo de mentir. “A ministra da Justiça acaba de confirmar aquilo que todos os portugueses já tinham percebido: o Governo mentiu. Relvas, Passos Coelho, Vítor Gaspar, mentiram aos portugueses relativamente à reposição dos subsídios”, disse à Antena 1.
“Não houve lapso nenhum”, insistiu. “Todos os ministros sabiam que, pelos vistos, só em 2015 é que seriam repostos, mesmo assim parcialmente. Portanto, os únicos portugueses que sabiam essa data de 2015 como momento da reposição dos subsídios eram os membros do Governo. Mas a ministra diz uma outra coisa: é que, provavelmente, nem em 2015 – o que significa que também desta vez o próprio primeiro-ministro e o ministro das Finanças continuam a mentir aos portugueses”.
Imagem de arquivo
Lápis L-Azuli
Há 2 horas
1 comentário:
As contradições do Governo geram desconfiança nos governantes e nos políticos em geral
A notícia seguinte dá uma prova disso:
Portugueses confiam mais nas empresas do que no Governo
Cabe aos governantes inverter esse aspecto negativo da sua actuação. É vulgar ouvir-se «eles querem ir para o governo para se governarem e não para vos governarem.
O próprio FMI diz:
FMI diz que Portugal só terá sucesso se resolver “problemas estruturais profundos”.
É inacreditável que ainda náo tivesse sido profundamente alterada a Constituição exageradamente programática elaborada pela Assembleia Constituinte sequestrada em São Bento em finais de 1975 e sujeita a pressões selvagens pelos manifestantes do PREC (Processo Revolucionário Em Curso).
Já que o Governo não tem consideração pelos opinadores nacionais, por elementos dos seus partidos e por pensadores internacionais, ao menos siga as sugestões do FMI que faz parte da TROIKA que tanto preza.
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