Notícia do Expresso diz que Cadilhe defende imposto extraordinário sobre a riqueza, colocando-se no mesmo nível moral de milionários americanos e franceses que foram objecto de notícias:
- Super-ricos franceses querem pagar mais impostos
- Quarenta milionários americanos vão doar parte da sua fortuna
- "Parem de acarinhar os super-ricos", pede o milionário Warren Buffett
Mas os governantes, com o seu instinto canino de submissão aos poderosos da finança e da economia, não ousaram seguir tais conselhos e aproveitar a deixa que estes ricaços lhes forneceram.
Agora, Cadilhe, com ousadia, civismo e sentido de Estado, refere alguns pontos ligeiramente positivos do combate à crise, no nosso País, e sublinha aspectos preocupantes ao ponto de recear uma «explosão social» devido à degradação da «situação financeira do sector privado». E cita a "diminuta tomada de medidas estruturais" ao nível do corte das despesas públicas e reformas de fundo", a omissão de um plano estruturante contra o défice externo; o desemprego, "que as vistas da troika não alcançam” e a "fraqueza da justiça social".
Diz que «a situação social ainda resiste, "mas ameaça abrir brechas cuja iminência é difícil de avaliar". A escalada do desemprego "vai prosseguir". A equidade e a justiça social "estão subalternizadas".»
E perante as realidades que refere, tem a coragem e a frontalidade de seguir as posições dos milionários atrás citados e «insiste na recomendação de um "imposto one shot" sobre a riqueza "cuja receita seria aplicada na totalidade à amortização de divida publica". A tributação poderia funcionar, além do mais, "como um contrapeso social".»
Disto se conclui que Portugal precisa de mais pessoas a pensar livremente e com saber e bom senso. Este está no oposto ao maior rico de Portugal que diz não passar de um trabalhador, mas, na realidade, ele, apesar de milionário, paga de imposto menor percentagem do seu imenso rendimento do que um trabalhador paga de IRS, se tiver um salário de apenas 3000 €.
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Lápis L-Azuli
Há 2 horas
1 comentário:
Notícia de hoje na TSF, sobre este tema:
Multimilionários aceitam doar pelo menos metade das fortunas
TSF. Publicado em 20-04-2012, às 00:17
Doze multimilionários juntaram-se hoje a uma iniciativa lançada há dois anos por Bill Gates e Warren Buffett para doar pelo menos metade das fortunas a uma boa causa.
«É magnífico que estas doze famílias se tenham unido ao projeto», disse Warren Buffett, co-fundador da campanha "Giving Pledge", citado em comunicado, em que se dá conta de que são já 81 os norte-americanos que aderiram à iniciativa.
O proprietário da holding financeira Berkshire Hathaway acrescentou que estes doze multimilionários, entre os quais estão nomes como Bill e Karen Ackman, Steve Bing, Elon Musk e John Michael Sobrato, «têm origens e situações diferentes, mas partilham o desejo de ver alterações positivas no Mundo».
Este compromisso arrancou em junho de 2010, uma ideia de Buffett e do casal Gates, e desde então já subscreveram a campanha 81 multimilionários norte-americanos, como o governador de Nova Iorque, Michael Bloomberg, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, e o herdeiro David Rockefeller.
NOTA: Não ficaria mal aos nossos milionários que demonstrassem publicamente, por actos, o seu espírito generoso e solidário, se o tiverem.
João
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