segunda-feira, 6 de maio de 2013

MARCELO DÁ MELHOR NOTA A PORTAS


As comunicações ao País de Passos e de Portas foram diferentes no conteúdo e na forma e o professor Marcelo Rebelo de Sousa dá melhor nota ao discurso de Portas porque explicou as medidas que tinham sido anunciadas por Passos, de forma vaga e árida no estilo de macro-ideias.

Apresenta também observações sobre as alterações das forças em presença dizendo que "está a haver uma mudança política no seio do Governo", em que "a linha de Vítor Gaspar está a descer".

"É uma coligação muito original. Não sei se há dois governos, mas há pelo menos dois porta-vozes políticos do Governo", insistiu, vincando que são "dois discursos diferentes" porque o de Passos é "televisão a preto e branco" e o de Paulo Portas "a cores", mais esclarecedor.

"Não há comparação", garantiu, considerando que é "um clube profissional contra um clube amador".

O ex-líder do PSD considerou ainda que "a linha do Governo a descer chama-se Vítor Gaspar", o ministro das Finanças, "e a que está a subir inclui Portas, o CDS e uma parte do PSD. Isto "significa que esta linha que está a subir começa a ir minimizando progressivamente o papel de Vítor Gaspar". E o que o ministro pretende "está a ser derrotado pelo bom senso" e pela realidade social. Por isso, Marcelo conclui que "está a haver uma mudança política no seio do Governo".


Num momento em que tanto se fala de consenso nacional, verifica-se que tal força aglutinadora não existe dentro do Governo, pois Portas assume divergência com Passos Coelho. Parece não haver uma equipa a funcionar democraticamente com decisões tomadas com a colaboração de todos, mas sim uma justaposição de vontades individuais, sendo as posições impostas por um «ditador», ou «senhor único da verdade».

Imagem de arquivo

3 comentários:

Luis disse...

Caríssimo João,
Julgo que o "SOCIAL" e o "HUMANO" começam a aparecer ainda que tardiamente... Mas mais vale tarde que nunca!
Espero que esta "LINHA" se mantenha e que Passos Coelho inverta a linha "gasparina"!
Há que ter coragem para acabar com as razões de mal estar que essa linha nos trouxe. A Austeridade e a Responsabilização de quem fez os males devem andar juntas e quanto mais cedo MELHOR e mais JUSTO!
Um forte abraço.

A. João Soares disse...

Há sinais de mudança. Mas estamos fartos de boas palavras, que dopois não são concretizadas.

A propósito, transcrevo um outro comentário que mostra o oportunismo dos truques dos políticos no governo para não serem muito sacrificados em eleições seguintes:

Realmente, nesta coisa da «política nada acontece por acaso.

Recebi este comentário do amigo Vouga: «O Governo está a apertar o cinto com toda a força, para poder aliviar a pressão antes das próximas eleições. E aí vamos ter, finalmente, boas notícias...»

Realmente, esse é um velho truque já imoral em situações normais, mas que, no caso actual é imperdoável e as boas notícias serão apenas para os sobreviventes. Porém, desses, poucos darão o voto a quem abusou da austeridade para benefício próprio e dos seus cúmplices e coniventes.

O grande mal do país é a fraca preparação da população eleitora. E os governos têm tornado a Educação, cada vez mais vazia de sentido prático, de noções de gestão da vida privada em sociedade. Votam porque sim, por uma rotina sem fundamento, por falso afecto irracional.

Há muita gente sensata e pacífica que diz que isto não entra no rumo certo sem uns actos de força que conduzam a grande REFORMA DO ESTADO.

Abraço
João

Táxi Pluvioso disse...

Portas é um vil caçador de votos e o povo deve votar nele.