segunda-feira, 22 de abril de 2013

25 DE ABRIL E O FUTURO


Estamos próximos daquele dia de primavera em que as ruas se encheram de cravos a festejar uma mudança na vida nacional, 25 de Abril. Porém, os resultados não foram os mais desejados por não terem sido acautelados todos os pormenores de um necessário planeamento para o «depois».

O PREC (processo revolucionário em curso) deu à palavra liberdade o significado de libertinagem e foi esquecido que a nossa liberdade só existe quando respeitamos a dos outros. E isso teve como efeito que o PREC se tem prolongado, com a designação de PRAEC (processo revolucionário ainda em curso).

A bagunça que se sucedeu e se foi agravando ao ponto de, ainda hoje, a dívida pública aumenta 131 milhões de euros por mês.

À confusão em que temos vivido aplica-se a quadra do popular poeta algarvio António Aleixo:

Há tantos burros mandando
em homens de inteligência,
que às vezes fico pensando,
se a burrice não será uma ciência.


Agora, levantam-se vozes e anunciam-se projectos, como o incentivo à reflexão apresentado pela Associação 25 de Abril que quer “vencer o medo e construir o futuro”. Realmente, deve ser pensado o futuro das pessoas, vivas e vindouras, pois os estragos produzidos por más políticas vão ser sentidos por vários anos. Trata-se de atitudes individuais mas que terão de ser sincretizadas e orientadas para um grande objectivo comum – o crescimento de Portugal». Para isso serefectivo, tem que haver patriotismo, sentido de Estado e sentido de responsabilidade servido por indomável coragem.

E aqui cito mais uma quadra de um conhecido poeta algarvio, o contemporâneo José Rolita Correia Caniné:

Ergue-te Homem, pede a Lua,
Com Alma grande, com Fé;
Nem sempre ela será tua,
Mas, de rastos, nunca é!


Imagem de arquivo

2 comentários:

Zé Povinho disse...

Bem recordada a poesia de Aleixo, que gostava de chamar as bestas pelos nomes...
Abraço do Zé

A. João Soares disse...

Amigo Zé Povinho,

Que palavras utilizaria António Aleixo para definir os «sábios» que nos governam? Não só as promessas de há dois anos, não foram cumpridas, como aumentou a fome, a pobreza, o desemprego, as empresas encerradas e a dívida pública aumenta 131 milhões de euros por mês!!!
As promessas serviram apenas para ganhar votos. E nós, povo inocente e ignorante, deixámo-nos levar por tal conto...

Abraço
João