domingo, 28 de abril de 2013

REFORMA DO ESTADO DIVIDE O GOVERNO


Num momento em que é defendida a conveniência de consenso entre as diversas forças políticas para que todos os esforços venham a  convergir no mesmo objectivo, verifica-se que tal consenso nem sequer existe dentro do próprio Governo onde Gaspar abre guerra "duríssima", querendo impor, com teimosia obsessiva, medidas gravosas para os cidadãos que contribuirão para o agudizar da austeridade excessiva de péssimos resultados.

Perante esta insistência na «continuidade» e «estabilidade» em erros já assumidos, como é que se pode esperar consenso com os partidos da oposição e conseguir a adesão dos restantes parceiros sociais? Consenso não pode significar submissão a uma imposição autoritária e inflexível.

O facto de haver seis ministros contra novas medidas de estratégia orçamental é um sinal positivo de que esses seis pensam e não estão na reunião para ver passar os comboios. Estes não alinham no fenómeno que ocorreu num Congresso do PSD em que foi votada por unanimidade uma proposta, depois apelidada de «lei da rolha» e que, depois, também por unanimidade, todos se confessaram arrependidos de a aprovarem.

Atenção, senhores ministros, já que não gostam de ouvir o povo e aqueles que procuram traduzir os seus desagrados, façam o grande favor de prestar atenção aos alertas do comentador da vossa área, Marques Mendes que avisa “pode haver ruptura” no Governo se reforma do Estado não for “gerida com cuidado”

Estamos num momento perigosos em que a corda já não aguenta ser mais esticada e a ruptura será altamente danosa para os portugueses que têm vindo a ser demasiado sacrificado, nos últimos dois anos. E falem claro, sem exageros do uso do «economês», para aliviar a ansiedade e o «stress pré-traumático», nas pessoas que são vítimas dos erros dos governantes.

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