Momentos depois da leitura da mensagem de ano Novo do PR que profetiza «tenho esperança» e «pode ser que…», como que, entregando a responsabilidade da governação à acção de um milagre divino, surgem nos jornais notícias de difícil interpretação por aparentarem falta de coerência entre si.
Por um lado, o secretário de Estado da Saúde diz que é preciso que as pessoas façam alguma coisa para que recorram menos aos serviços» do SNS e, depois o ministro vem acalmar os espíritos, dizendo que quer garantir sustentabilidade do SNS em 2013.
Se estas notícias referentes ao SNS e às dificuldades subentendidas da mensagem do PR mostram carências financeiras do Estado, são anunciadas duas medidas, a «Banif. Estado injecta 1,1 mil milhões de euros até Junho» e uma outra mais estranha que refere dívida de Vítor Baía ao BPN passou para o Estado, que dão uma imagem oposta, de opulência e superabundância de fundos do erário público e que exigem dos poderes políticos cabal e clara explicação em função dos interesses nacionais, dos portugueses, com verdade e lealdade democrática aos contribuintes.
Afinal para que serve o dinheiro dos impostos que têm sido aumentados em nome de uma austeridade excessiva que, segundo nos dizem, se destina a corrigir os erros de sucessivos governos das décadas mais recentes. Receia-se que tais tipos de erros estejam a ser continuados como mostram as deliberações atrás referidas. São indispensáveis explicações.
Imagem de arquivo
Um mês e muitos pesadelos depois
Há 58 minutos
3 comentários:
Servirá para salvar o BPN 2, agora chamado BANIF.
Caro Taxi Pluvioso,
Realmente não podemos ter grandes ilusões. Tal como no feudalismo medieval, os senhores põem e dispõem da sua propriedade, em que incluem os seus servos. Sacam destes todas as energias que possam ter utilidade para os grandes desígnios de engrandecimento.
Hoje a riqueza não está na terra, na gleba, mas numa virtualidade criada há muitos anos, mas hoje transformada em números imateriais, o dinheiro, a que tudo se submete.
Estamos na era do feudalismo dos Grupos Económico e, por isso, não admira que sejam cobrados impostos até à saciedade para manter os tentáculos do polvo.
Abraço
João
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