quarta-feira, 25 de julho de 2012

Igreja atenta aos problemas sociais

Transcrição de artigo, seguido de NOTA:
A "paciência" terá limites?
Jornal de Notícias. 25 de Julho de 2012. Publicado às 00.30, Por Manuel António Pina

Em poucos dias, já são dois os bispos a sair da sacristia, onde era suposto deverem estar confinados a tratar em dedicação exclusiva de assuntos divinos, para apontar o dedo acusador a César, responsabilizando-o pela tragédia social que se abateu sobre o país, cuja verdadeira dimensão a Igreja, através da sua obra assistencial, conhece provavelmente melhor do que ninguém.

E se D. Januário Torgal Ferreira falou, referindo-se a alguns membros do actual Governo, de "tipos que lutam pelos seus interesses, têm o seu gangue, têm o seu clube e pressionam a comunicação social", o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, fala de políticos para quem "muitas vezes e quase sempre, vale apenas o [seu] bem-estar pessoal ou, quando muito, do seu grupo ou partido".

Tudo indica que o primeiro-ministro se terá precipitado quando agradeceu ao bom povo português a "paciência" com que vem suportando as medidas de austeridade impostas ao país pelo seu Governo, a pretexto de uma crise de que são responsáveis e principais beneficiários os "interesses", "gangues", "grupos" e "partidos" de que falam os bispos.

Talvez tenha sido justamente esse agradecimento que, por soar excessivamente a hipocrisia, terá feito saltar finalmente a tampa, já não digo do bom (e, a crer no primeiro-ministro, "piegas") povo português, mas do povo de Deus ou, pelo menos, dos seus representantes.

NOTA:
Além dos dois bispos referidos no texto, Frei Fernando Ventura também emitiu opinião sobre problemas sociais.
Outros textos referentes a problemas sociais que merecem atenção e correcção:
- Mais obesidade para empregar família
- Atenção aos sinais de desgaste social
- Incompetência e insensatez na decisão
- Imoralidade e ... impunes, no topo ???

Imagem de arquivo

2 comentários:

Mariazita disse...

Meu querido amigo João
Tenho vindo, aos poucos, a agradecer as visitas recebidas no meu blog, trazendo-me palavras de solidariedade e carinho.
Não o tenho feito com a presteza que eu desejaria, mas ainda não consigo estar muito tempo ligada a esta "actividade". Emociono-me demasiado, e tenho que interromper.
A verdade é que tudo é ainda muito recente (ainda não passaram 2meses) e a dor é por demais profunda para diminuir em tão curto espaço de tempo.
Tem sido precioso o apoio e palavras de carinho de amigas e amigos; mas, sem os meus filhos, eu estaria perdida.
Tenho que dar muitas graças a Deus pelos filhos de ouro com que Ele me presenteou. São excepcionais!
É, também, com a Sua ajuda que conto para ultrapassar estes momentos tão difíceis e, com tempo, retornar à vida "dita" normal.

Um beijinho GRANDE e muito grato

A. João Soares disse...

Minha querida Amiga,

Agradeço a sua simpatia. Mas nada tem que agradecer. Trata-se de uma situação da nossa vida que, embora dolorosa, tem que ser ultrapassada de forma o mais racional que a emotividade permita para que a vida continue da maneira que as novas circunstâncias deixem.

Para si, os filhos e netos e a actividade cultural têm que ser um derivativo muito útil, mas tem que haver da sua parte uma grande força de vontade para não sucumbir e para entrar numa vida normal, um pouco diferente da anterior, porque deixou de ter um pilar insubstituível.

Vá aparecendo por aqui para se distrair e evitar a dependência de pensamentos menos agradáveis.

Beijinhos
João