Depois dos prometidos propósitos de reduzir a obesidade, retirando da máquina do Estado e das autarquias as gorduras inúteis, parece estranho que, no curto prazo de um ano, o Governo já criou 53 grupos de trabalho, comissões ou grupos de projecto.
Já há dias espantava a notícia Administrador dá emprego à família, em que era referido o caso do médico José Manuel Ramos que, cinco meses depois de ter tomado posse, como presidente do CHBA, criou no hospital que dirige «um gabinete de produção», onde colocou a filha, o genro e o amigo Pedro Xavier, da concelhia do PSD.
Estas decisões mostram haver na nossa gestão pública uma filosofia oposta à do FMI que defende que as medidas de combate á crise devem vir do lado da despesa. Por cá, ao contrário, parece alimentar-se a vã esperança de vencer a crise com o sacrifício dos mais humildes contribuintes e a protecção aos mais ricos, como se vê, por exemplo, no anúncio do benefício de 5% no IVA que beneficiará apenas menos de 20% das famílias, as com maiores rendimentos.
Parece concluir-se que, apesar da bandeira da crise, nada mudou nos vícios que vinham de governos anteriores, como o que esteve na criação, ostensiva e opulentamente arrogante, da fundação Cidade de Guimarães 2012 que orçamentou gastar 1,3 milhões de euros por ano em salários, durante quase meia dúzia de anos.
E fica a pergunta: de entre as centenas de «instituições» sugadoras de dinheiro público e sem proporcional utilidade, quantas já foram extintas ou fundidas com outras afins?
Imagem de arquivo
Já há dias espantava a notícia Administrador dá emprego à família, em que era referido o caso do médico José Manuel Ramos que, cinco meses depois de ter tomado posse, como presidente do CHBA, criou no hospital que dirige «um gabinete de produção», onde colocou a filha, o genro e o amigo Pedro Xavier, da concelhia do PSD.
Estas decisões mostram haver na nossa gestão pública uma filosofia oposta à do FMI que defende que as medidas de combate á crise devem vir do lado da despesa. Por cá, ao contrário, parece alimentar-se a vã esperança de vencer a crise com o sacrifício dos mais humildes contribuintes e a protecção aos mais ricos, como se vê, por exemplo, no anúncio do benefício de 5% no IVA que beneficiará apenas menos de 20% das famílias, as com maiores rendimentos.
Parece concluir-se que, apesar da bandeira da crise, nada mudou nos vícios que vinham de governos anteriores, como o que esteve na criação, ostensiva e opulentamente arrogante, da fundação Cidade de Guimarães 2012 que orçamentou gastar 1,3 milhões de euros por ano em salários, durante quase meia dúzia de anos.
E fica a pergunta: de entre as centenas de «instituições» sugadoras de dinheiro público e sem proporcional utilidade, quantas já foram extintas ou fundidas com outras afins?
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