Por vezes não basta o despertador anunciar a hora de acordar, sendo indispensável algo que desperte totalmente os demasiado dorminhocos e os que estão sob o efeito de pesadelos totalmente irreais.
A notícia deputada dos Verdes recorda a Passos promessas de recuperação em 2012 mostra que não é fácil fazer sair da neurótica obsessão que pretende criar um infundado optimismo, usando argumentos de que não pretende mais recordar-se, por não serem aceites e responde de forma menos formal, correcta, cortês e democrática , mas arrogante e autoritária quando é colocado perante afirmações anteriores.
Por outro lado tal arrogância e preocupação de impor os seus desejos irreais levam a ignorar a força dos números dificilmente contraditada que conduz à notícia de que receita fiscal acentua queda em Novembro.
Perante isto e as vozes de que eles precisam de uma boa lição que os faça «cair na real», recordei-me de um caso ocorrido há pouco mais e 30 anos, em Évora. Os polícias andavam a ficar desmotivados porque qualquer infractor que fosse levado à presença do juiz era de imediato por este devolvido á liberdade e os agentes policiais, ficavam a ouvir um discurso de que não havia provas credíveis de flagrante delito e que houve abuso de autoridade, etc. Como isto se repetia diariamente e as infracções de roubo, agressões, etc se tornavam mais frequentes, alguém dentro da esquadra pensou em dar uma lição ao juiz, o caso foi apresentado ao chefe, de forma pormenorizada, ele achou viável e deu conhecimento ao comando distrital que acabou por dar o seu assentimento, embora de forma informal.
Foram a casa do juiz, na sua ausência, e trouxeram um saco cheio de bibelôs de estimação.
Quando o juiz chegou a casa, deu pela falta das suas «preciosidades» e telefonou logo ao comandante distrital que lhe respondeu correctamente: Há por aqui muitos larápios, capazes disso e de muito pior, como o meritíssimo bem sabe, pois todos os dias lhe são presentes alguns que acabam por ser postos em liberdade e ficam mais incentivados a continuar com as suas infracções. Esta de irem a casa do meritíssimo é realmente o cúmulo do seu avontade. Iremos procurar com o máximo empenho descobrir e procurar recuperar os seus objectos.
No dia seguinte o Juiz já foi mais severo para os casos que lhe foram presentes. E assim continuou, até que passado alguns dias (duas ou três semanas), a polícia considerou que o juiz aprendeu a lição e o comandante acompanhado por um agente que carregava o saco, dirigiu-se a casa do meritíssimo, para ele ver se algum dos objectos encontrados numa casota dos arredores lhe pertencia. O juiz ficou encantado ao ver que o primeiro objecto era seu, e por ai fora… eram todos seus, e estavam ali todos os que lhe tinham sido furtados. Perguntou quem foi o ladrão como descobriram, etc? A resposta foi : O meritíssimo compreende que não devemos revelar um informador para não deixarmos de poder contar com a sua prestimosa colaboração.
Isto mostra que uma boa lição, persuasiva é eficaz para trazer à realidade muitas pessoas que vivem de sonhos, distantes da realidade.
Imagem de arquivo
Não à falsificação histórica
Há 4 horas
4 comentários:
Já dizia José Sócrates que um primeiro-ministro é um profissional do otimismo, e também tem que mentir um pouco para que o povo se vá habituando, por exemplo: dizem que o corte estrutural nas despesas do Estado, pensões e salários, será de 4 mil milhões, ora, qualquer pessoa que tenha uma calculadora, ou saiba soma e subtrair, chegará à conclusão que esse corte será de 10 mil milhões, mas para não nos parecermos com a Grécia, com a Irlanda, com o Chipre, com a Roménia, etc. aponta-se para um valor mais pequeno e mais lá para a frente diz-se que serão cortados outros 4 mil milhões, que patati patata, e depois mais outro tanto, que patati patata, isto chama-se bem governar, o povo tem que ser iludido.
Venho desejar um BOM NATAL
Caro Taxi Pluvioso,
A sua ironia tolerante encerra muita sabedoria sedimentada ao longo das experiências da vida.
Mas o que é tristemente irónico é a democracia criada na velha Grécia ter sido transformada de tal forma que ao elegermos aqueles que era esperado serem os nossos representantes e defensores, estamos a escolher os nossos carrascos que nos levam ao cadafalso com loas de enganos e ilusões para termos uma morte suave. Aplicam suave e progressivamente as técnicas da eutanásia. Pelo andar da carruagem esta passará a ser aplicada compulsivamente a todos os não produtivos, por idade ou por doença que fique «demasiado» pesada ao SNS.
Isto não é fantasia, pois repare-se nesta notícia Hospital nega “exame caro” e também a preocupação de as Finanças quererem saber, através da declaração do IRS, quais os filhos que são mais custosos em aspectos de saúde e de ensino, quem sabe se para essa informação vir a ser utilizada para uma selecção futura dos que devem ser eliminados por menos produtivos?
Caro Amigo, apesar das promessas optimistas, estamos a entrar numa época terrivelmente difícil.
Abraço de Boas Festas
João
Tem graça que cite essa notícia, pois eu já estive para escrever ao Cavaco (para que ele informe o Governo, eu vou logo ao maioral, embora a última vez que lhe escrevi, ele mandou-me para uma comissão da bófia), como dizia, escrever ao Cavaco para que se suspenda a assistência médica à população consoante a idade. Primeiro, deixa-se morrer os com mais de 90, depois 80, 70, 60, 50, etc. até o Estado português ter adequado as suas despesas às receitas existentes. Isto tinha duas grandes vantagens: resolvia o défice na Saúde e reduzia a despesa das pensões (que é o grande bico de obra e que vai levar uma grande talhada em 2013 quando o Governo achar que é hora de informar a população), ou seja equilibrava o Estado social.
Redobro os meus votos de BOM NATAL
Caro Taxi Pluvioso,
Pode ser que a tendência esboçada mude de rumo. porque se for mantida e continuarmos a ser governados por neuróticos obsessivos fixados em números sem pensarem que eles representam problemas das pessoas e estas é que devem merecer a máxima ponderação, acabaremos por ter a «eutanásia por imposição» aplicada a qualquer cidadão activo logo que necessite do primeiro apoio de saúde.
Já há dias escrevi num comentário o seguinte:
... infelizmente, a frieza e a insensibilidade dos governantes prenunciam que tais instituições venham a ser criadas não para ajudarem a viver os últimos anos de vida mas para reduzirem estes ao mínimo, por se tratar de pessoas não produtivas e que são um peso social.
Espero que isso não venha a ser decretado nos próximos 20 ou 30 anos e que quando for comece, não por critérios de idade como sugere, mas com critério de peso para o Estado, isto é, primeiro vão os que têm reformas douradas acumuladas e só no fim chegam aos que menos recebem do Estado ao fim de cada mês. Nestes valores inclui-se o custo das mordomias de muitos reformados.
Boas Festas e Abraço
João
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