http://domirante.blogspot.com/2023/02/seguranca-rodoviaria.html
(Public em DIABO nº 2406 de 10-02-2023. pág 16, por António João Soares)
A humanidade está ao
abandono na grande generalidade dos Estados, e muitas vezes está privada dos
direitos que a defendem mesmo em aspectos vulgares, como é o caso da segurança
rodoviária que origina notícias frequentes de acidentes devidos ao desrespeito
de regras essenciais para a segurança das vidas de inocentes.
Agora, deparei com a
notícia de um autocarro que transportava 48 pessoas e que caiu de uma ponte,
explodindo após a queda, tendo morrido pelo menos 41 pessoas. Os mortos estão
irreconhecíveis. Isto passou-se no Paquistão, país situado no sul da Ásia, com
população superior a 200 milhões de habitantes e 76.095 Km quadrados em que o número
de mortos nas estradas, segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2018, foi de
mais de 27 mil pessoas. As vias rápidas são pobres, com fracas condições de
segurança rodoviária e a condução é perigosa.
Mas, mesmo com melhores
condições, em Portugal, durante o já longo período da pandemia do Covid-19, tem
havido notícias de muitas baixas nas rodovias, por despistes, atropelamentos,
colisões, etc. As situações de perigo devem merecer muita atenção das
autoridades políticas e dos órgãos de comunicação social, por forma a que as
pessoas fiquem bem mentalizadas e prevenidas das medidas preventivas que devem
ser rigorosamente cumpridas, em permanência.
Com as chuvas que estão
a ocorrer com intensidade, os despistes devem ser evitados e isso exige extremo
cuidado, mesmo em boas estradas e viaturas seguras. Uma travagem ou uma curva
fechada com mais velocidade, pode provocar um deslise de consequências
imprevisíveis.
Mas, com a pandemia, as
pessoas esquecem muitas precauções a que estavam habituadas e isso tem sido
muito desagradável nos comportamentos humanos, havendo excesso de atitudes que,
por vezes, são criminosas, mesmo dentro dos ambientes familiares, nas escolas e
em grupos de amigos. Os condicionamentos para as pessoas evitarem o Covid-19
parece que fizeram esquecer o rigor do respeito humano próprio e para com os
semelhantes, tornando a sociedade mais insegura e desorganizada. Há notícias de
jovens de pouca idade a exercerem violências com uso de armas de pequena
dimensão, mas altamente perigosas, contra pessoas indefesas, por vezes de
idade, e das próprias famílias.
O Poder político, a
todos os níveis, as forças de Segurança, as escolas e cada grupo social devem
contribuir o máximo que puderem para melhorar os comportamentos das pessoas, a
fim de a Nação passar a ter uma qualidade de vida mais positiva e construtiva
de um futuro mais ético e mais saudável. As tendências para modernizar a
sociedade não devem tornar os jovens menos seguidores de bons comportamentos. A
sociedade que todos desejamos não deve ser a cópia obsessiva do passado, mas
também não deve rejeitar aquilo que os nossos antecessores tinham de mais
valioso. E o respeito pelos direitos humanos, e pela amizade mútua generalizada
entre todos os seres vivos constitui um factor que deve ser considerado com o
máximo valor para um futuro risonho.
E o respeito pelos
direitos dos outros é gerador de harmonia social que contribui para a segurança
rodoviária e para qualquer actividade que seja exercida em espaço público. E
permitam-me que refira o papel da religião, constante do escrito recente com o
título «A função da religião na harmonia social». Toda a actividade social,
desde que exercida com ética e sensatez, tem uma subida importância na melhoria
dos comportamentos e da qualidade de vida
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