http://domirante.blogspot.com/2023/04/humanidade-em-degradacao-precisa-de.html
(Public em DIABO nº 2415 de 14-04-2023. pág 16, por António
João Soares)
As notícias continuam a
referir, com uma frequência preocupante, as faltas de respeito pelos direitos
humanos e demasiada ausência de autoridade que aplique uma acção policial e
judicial que reponha a ética ausente nas mentes de muitas pessoas. Além de respeitar
o semelhante ter deixado de ser um hábito de educação, deixou de haver boa
convivência quer dentro da família quer no acatamento das intervenções dos
agentes das Forças de Segurança. Havendo muitos casos em que os agentes da
polícia não são respeitados e até são agredidos por pessoas mal comportadas.
Curiosamente, os
políticos que, pelo cargo, deviam sentir-se na obrigação de conter a degradação
actual e recuperar os hábitos cívicos da época anterior à presente degradação
social, mostram-se desatentos ao que se está a passar. Por exemplo, a
quantidade de acidentes rodoviários, mostra que muitos condutores perderam o
respeito pelos outros utentes da estrada e até pela própria vida que é posta em
perigo pela falta de cuidado com que se comportam na via pública. Esquecem que
mais vale prevenir do que remediar e que o muito cuidado não traz perigo.
Quanto à insegurança
rodoviária, é indispensável que se cumpram as leis dos movimentos na via
pública. Alguns dos atropelamentos, podem ter sido originados por distração do
peão e isso é mais difícil de evitar pelo legislador; talvez possa ser reduzido
o perigo se os familiares tiverem mais cuidado com as crianças e com os adultos
menos sensatos e conscientes. Há idosos sem capacidade de concentração para
evitar actos perigosos e esses necessitam da companhia de apoiantes que lhes
evitem tais perigos e outros que possam ocorrer. Quando se é atropelado a
atravessar na passadeira, nesse caso deve ser bem averiguada a aplicação de
pena que sirva de exemplo para evitar novos casos.
Uma notícia brutalmente
chocante é de, nos Açores, um homem ser suspeito de abusar sexualmente da filha
de quatro anos. A sexualidade tem sido objecto de discussão e foi perdido o
respeito quanto aos direitos sociais. Mas a igualdade entre as pessoas de
género diferente, pode ser respeitada no comportamento social, mas, quanto ao
acto sexual, deve ser realizado apenas com o consentimento livre e consciente
das duas partes, sem violência.
Entre as pessoas,
na vida comum, existem casos de horrível violência, com uso de armas cuja posse
devia ser proibida e com frequentes esfaqueamentos brutais que, além do perigo
de morte, provocam limitações na vida corrente e, quando no rosto, destroem a
aparência para o resto da vida. E o mais chocante é que tais atitudes são
muitas vezes praticadas contra familiares. É muito degradante a situação a que
se chegou em que a falta de respeito pela vida alheia nem sequer poupa os
irmãos e os ascendentes, que devem merecer um carinho especial.
O rigor da aplicação da
Justiça não está a ser suficiente como medida preventiva para uma convivência
mais pacífica e harmoniosa. E, nisso, o Governo deve ter responsabilidade e
actuar de forma o mais eficaz possível. Também a Educação tem responsabilidade
em criar um relacionamento mais adequado a uma melhor moral social. Nos tempos
em que existia o Serviço Militar Obrigatório, a disciplina militar era um
complemento muito eficaz da educação escolar. Mas tal acção disciplinadora foi
eliminada e devia ter sido compensada de forma eficaz no que respeita à ética,
à disciplina e ao perfeito sentido de Estado que é eticamente exigente e
indispensável para o bom relacionamento social de forma harmoniosa e pacífica.
Os que mais responsáveis
deviam ser pelo comportamento social deviam ser os Governantes, quer no seu
comportamento pessoal quer na acção exemplar perante a função pública.
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