sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

OS FACTOS DESAGRADÁVEIS PODEM SER EVITADOS

http://domirante.blogspot.com/2023/01/os-factos-desagradaveis-podem-ser.html

(Public em DIABO nº 2402 de 13-01-2023. pág 16, por António João Soares)

Nestes tempos festivos que envolvem Natal e Ano Novo houve uma quantidade exagerada de acidentes rodoviários. Porquê, certamente por erros de condução talvez devidos a pressa na chegada, ou pessoas que não estavam habituadas a conduzir a grandes distâncias, ou por a conversa com os companheiros de viagem distraía o motorista, ou por excesso de álcool. Tudo causas que deviam ser acauteladas para evitar tais resultados. Não há milagres e nada acontece por acaso. O mal resulta de erros do nosso comportamento.

Num livro intitulado «Conversas com Deus», o autor perguntou se Ele fazia milagres e a resposta foi negativa porque, se fizesse um milagre, ia contrariar uma lei da Natureza que Ele criara e, portanto, entrar em contradição com a perfeição da sua obra. As coisas, mesmo a saúde das pessoas, resultam das acções dos seres humanos, pelo que estes devem cuidar racionalmente o seu comportamento para não colherem resultados que não desejam.

O meu neto mais crescido, nascido na América, desde miúdo sempre teve gosto por aviões e tudo que a eles se refere. Mesmo ainda como estudante conseguia, nas horas não escolares, trabalhar como acompanhante de visitantes num museu de aviões e material aéreo. Ainda não tinha idade para receber, mas o pai dava-lhe, mensalmente, uma gratificação. Paralelamente foi bom aluno nos estudos e logo que teve idade para isso, obteve brevê de piloto que, após a sua formação universitária e muitas distrações a pilotar, e diversos empregos, hoje a sua principal ocupação está ligada aos meios aéreos. No seu Facebook, para desejar Bom Ano usou o título «taking off for 2023». Realmente, o Ano Novo pode comparar-se a uma aeronave que descolou. Se o avião faz um voo perfeito depende da competência do piloto, da mesma forma, para o 2023 ter uma realidade que torne as pessoas felizes e cheguem ao fim de Dezembro satisfeitas com a forma como decorreram todos os dias do ano, é absolutamente necessário que se comportem da melhor maneira em cada momento.

Não devemos esperar milagres mas sim o resultado da forma como nos comportamos. Todos devemos desejar que o ano 2023 seja melhor do que os anos anteriores. A mudança vem de nós. Não do Ano Novo. Depende de nós a obtenção de um mundo melhor. Cada um de vós e os seus amigos devem unir-se para tornar o 2023 melhor do que foram os anos mais recentes. Espera-se que se consiga um bom resultado, para passarmos a viver em respeito pelos outros, amizade, paz, harmonia e cooperação. Só assim se terá um bom fim de viagem, uma boa aterragem.

Mas, infelizmente, as pessoas agem com egoísmo, ambição, ganância, ódio e violência, desprezando os pormenores preventivos que as livrariam de desgraças. Há pouco tempo um ex-director de um banco português, possuidor de muitos milhões de euros obtidos de forma irregular e criminosa, para evitar a justiça refugiou-se na África do Sul e como estava para ser repatriado pelas autoridades locais, acabou por se suicidar. Qual a vantagem do esforço a que foi levado pela ambição?

No entanto, começam a ver-se alguns sinais de governantes mundiais que se esforçam por evitar que nos seus países se pratique a corrupção e as despesas públicas além dos valores necessários e convenientes, a fim de desenvolver o nível médio de vida e a melhoria da situação de pobreza e de desemprego, a cujas condições de vida estão a prestar mais atenção e a procurar soluções para evitar situações desumanas e anti-sociais.

Também há quem evite o uso de armas proibidas e acções agressivas. Por exemplo, o Presidente egípcio está a tentar retomar negociações para o bom relacionamento entre Israel e a Palestina. A Colômbia anuncia o cessar-fogo com guerrilheiros ELN e grupos para-militares, o qua estava e tirar muitas vidas e a destruir património nacional. Taiwan, apesar do mau relacionamento com a China oferece ajuda a esta para responder à vaga de Covid-19 que a está a preocupar muito. 


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