terça-feira, 5 de dezembro de 2017

OS «REFUGIADOS» E A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO


Situação no Ocidente e a lição da queda do Império Romano
(Publicado no semanário O DIABO em 5 de Dezembro de 2017)

A vida da humanidade tem recebido muitas melhorias devidas aos avanços contínuos das tecnologias. Mas as mentes dos políticos responsáveis pelos governos continuam aperradas aos vícios e incapacidades que existiam séculos antes de Cristo. Não conseguem analisar e tirar conclusões úteis dos desastres ocorridos devido a ingenuidade ou estupidez de alguns detentores de cargos públicos, ao longo da história.

A queda do Império Romano chocou o mundo na época, mas o que geralmente não é conhecido, hoje em dia, é que o exército gótico que realizou a atrocidade entrou no Império, trinta anos antes, como refugiado. Depois de terem sido atacados pelos Hunos vindos da Ásia Central, os Godos fugiram para Ocidente e cerca de 100 mil foram ajudados a atravessar o Danúbio em barcaças por Valens, imperador do império Romano Oriental sedeado em Antióquia, travessia que demorou várias semanas em operação muito onerosa. Valens, ingenuamente, pretendia aproveitar esses jovens militares como um valioso conjunto de recrutas novos e baratos para suprir a baixíssima taxa de natalidade de Roma.

Mas, não surpreendentemente, dentro de algumas semanas após a sua entrada no Império, os primeiros confrontos com as autoridades romanas ocorreram e, no final do verão, os godos estavam em guerra com Roma. Após vários desastres militares, o imperador Valens fez um retorno precipitado a Constantinopla para assumir pessoalmente o comando da campanha defensiva e foi morto em batalha em Adrianópolis, em 378 - apenas dois anos depois de ter sancionado a imigração em massa.

Em 410 A.C, os muros de Roma foram violados e a cidade saqueada por um exército bárbaro sob a liderança de Alaric o Godo. A queda de Roma chocou o mundo na época, mas hoje esquecemos que o exército gótico que derrotou o Império, tinha nele entrado pacificamente trinta anos antes.

E hoje? Que esperamos dos refugiados? São muito poucos os políticos actuais que dão ouvidos ao que dizem pessoas previdentes como foi um filósofo político grego Synesius que publicou um tratado amplamente discutido sobre a emergência da época e as medidas que precisavam ser tomadas. Ele exortou o imperador romano a estimular a coragem de seus súbditos pelo exemplo da virtude masculina, a banir o luxo do tribunal e do povo, para evitar os mercenários bárbaros, criando um exército de homens para defesa das suas leis e da sua propriedade e para despertar o cidadão indolente de seu sonho de prazeres.

Pelo contrário, em Portugal até está prevista a construção de uma segunda mesquita no centro de Lisboa, a dois passos da Igreja de Nossa Senhora da Saúde, ficando esta ameaçada de ser destruída a curto prazo por atentado jihadista. E formando um gueto em plena baixa lisboeta.

Porém, há países onde os conselhos do grego Synesius foram analisados e aproveitados, como o Japão que «não tem problemas com o Islão», a Rússia com «a resposta de Putin ao rei saudita que pediu para construir uma mesquita na Rússia», a Austrália, a Noruega e a Holanda.

O Japão encara o assunto frontalmente, mais do que a Rússia, e tem 19 «mandamentos» para repelir a lei sharia porque a lei constitucional é única e igual para todos os residentes. Será benéfico para a humanidade de cada país ter um comportamento preventivo para não cair na cilada em que caiu Roma e e grande parte do Ocidente actual, com guetos que desprezam a lei e os costumes nacionais. Quem se desloca para outro país deve gostar ou, pelo menos, cumprir os seus costumes e a sua lei. «Na terra para onde fores faz como vires fazer se não queres aborrecer» diz um ditado antigo.

António João Soares
28 de Novembro de 2017

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