sexta-feira, 28 de abril de 2017

O QUE SE PODE ESPERAR DO CONSELHO DE SEGURANÇA?

Trump, em 24 do corrente, disse esta frase curiosa:

"O 'status quo' na Coreia do Norte é inaceitável e o Conselho de Segurança deve estar pronto para impor novas sanções mais fortes (...). É uma ameaça geral para o mundo." 24-04-2017. (ver aqui)

Ora, o Conselho e Segurança, pela sua organização e regras e funcionamento, não pode ter utilidade e parece servir apenas para dar emprego (direito a salário mensal, viagens e noutras regalias) aos que constam na sua folha de pagamento.

Com efeito, embora se fale muito de Democracia nos floridos discursos dos políticos, o CS nada tem de democrático e é mais uma imagem de ditadura, de imperialismo prepotente, na mão de cinco Estados que se consideram donos do mundo, pois dispõem de assento permanente e, para mais, com direito de veto.

Por isso o CS apenas pode tomar posição simbólica em assuntos insignificantes que não belisquem, mesmo que ligeiramente, os interesses de qualquer dos membros permanentes, que pode vetar. Nem se trata de obediência ao pastor, porque este rebanho, neste caso, não tem apenas um pastor, mas cinco que raramente se entendem entre si.

 Com efeito, cada um dos cinco membros permanentes, com o seu veto, apenas deixa decidir aquilo que for conveniente para os seus interesses ou os de outros Estados com quem troca favores. Por isso, ninguém obedece nem respeita ninguém e, à semelhança dos cinco ditadores, cada país ou grupo armado usa, à sua maneira, a força de que dispõe, como vemos, na Coreia do Norte, na Síria, no Irão, no Iraque e nos Estados em que, não havendo democracia com liberdade de expressão e de oposição, os opositores são perseguidos e combatidos, vendo-se na necessidade de se organizarem como grupos armados e são considerados rebeldes ou terroristas.

Isso leva-os a ser alvos de operações armadas, não apenas dos governantes do seu Estado mas também das grandes potências que dele beneficiam em produtos naturais, como o petróleo ou outros tipos de energia ou pela sua posição geográfica. É isso que acontece no Iraque desde a invasão de 2003 e que ainda continua a fazer baixas humanas e a destruir património, incluindo o histórico da humanidade.


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