(Public em DIABO nº 2318 de 04-06-2021, pág 16, por António João Soares)
Os imigrantes são necessários,
na medida conveniente, para suprir a falta de trabalhadores pouco
especializados em actividades agrícolas ou outras pouco exigentes em
competência. Mas, se não houver um controlo adequado na sua recepção, podemos
arriscar o país a ser colonizado por poderes estrangeiros que podem estar a
usar migrantes para isso.
Em França existem demasiados
problemas sociais. Por exemplo, nas escolas, os professores sentem dificuldades
com temas vulgares porque os alunos os acusam em voz alta de racismo, fascismo
e outros termos presentemente divulgados e evitam abordar temas actuais, como
as agressões mútuas entre Israel e os palestinianos. Deixam de ser ouvidos e
nem sequer têm oportunidade de dar explicações sobre o assunto.
Também a Bélgica já está em
perigo, havendo jornalistas que se interrogam se esse país será o primeiro
estado islâmico da Europa. O jornal “Le Figaro” já afirma que “a capital
europeia (Bruxelas) será muçulmana dentro de 20 anos”, havendo um “programa
confusamente simples: substituir todos os códigos civis e jornais pela lei da
Sharia”. Em eleições autárquicas há partidos islâmicos que ganham preocupantes
quantidades de votos. E há bairros em cidades importantes em que a polícia tem
dificuldade de acesso ou nem se arrisca a tentar entrar.
Os poderes que, discretamente,
apoiam os movimentos de “refugiados ou fugitivos” através do Mediterrâneo e/ou
do Norte de África, pagando aos traficantes que os conduzem a pontos menos
defendidos das fronteiras de países europeus mais próximos do Norte de África,
não são amigos da Europa e procuram criar estas condições de confusão para
depois tentar colher resultados favoráveis à sua própria estratégia de
conquista.
A recente invasão de Ceuta é
um caso muito claro deste fenómeno e o próprio Marrocos teve consciência disso
e aceitou um acordo para colaborar muito eficazmente na devolução dos migrantes
à sua origem. Compreendeu que a eficiência de uma fronteira constitui
responsabilidade dos estados vizinhos. A Espanha, sem ajuda, teria dificuldade
em devolver cerca de sete mil pessoas que já se encontravam em Ceuta. Mas
Marrocos colocou junto à fronteira efectivos militares e policiais que foram
eficientes. Curiosamente, na noite do quinto dia de perigo, houve três pontos
fronteiriços que em momentos diferentes foram abordados por centenas de migrantes,
mas as forças marroquinas impediram- -lhes a passagem. Estes transgressores,
apesar de tudo parecer ter entrado em normalidade, eram perseverantes e queriam
levar avante a sua intenção, mesmo estando em fase avançada a devolução da
quase totalidade dos alvos do acordo entre os dois estados.
Essas pessoas, depois de
entrarem e se anicharem o melhor possível em áreas com alguma segurança,
exigiriam apoios de vária espécie e poderiam vir a ser elementos de luta
aproveitados por colonizadores islâmicos e, entretanto, contariam com a
protecção de amigos ou de ingénuos caridosos que atacariam habitantes locais,
como sendo os maus e desumanos sem caridade nem humanidade.
Devemos recordar a acção dos
nossos navegadores, durante os descobrimentos, com a diferença de que eles iam
dilatar a fé religiosa católica e hoje há menos receio de usar a força e para
isso dispõem de muitos apoios, mesmo entre extremistas locais inocentes e
ingénuos. Vejamos o que se passa entre Israel e os palestinianos e as versões
nos órgãos de comunicação locais, havendo muitos europeus que esquecem que
Israel tem agido em sua defesa contra ataques que sofreu e acusam-no de violência
contra os que lhe atacaram o território, as pessoas e os haveres, ignorando que
violência gera violência e que esta tem o dom de obter dissuasão, contenção e
desmotivação.
O melhor resultado será obtido
evitando misturas e que sejamos incomodados por pessoas estranhas, com
tradições, hábitos e religiões diferentes de que não querem separar-se e que
nos querem impor a todo o custo, sem o mínimo respeito pelo ambiente que encontram.
Não trazem o objectivo de
respeitar mutuamente os direitos humanos, nem procurar ambientar-se para serem
felizes, sem lesar os seus aceitantes. ■
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