Gerir as questões sociais da humanidade é, agora mais do que nunca antes, um problema muito sério que exige elevado grau de maturidade, sensatez, dedicação e espírito aberto.
Ontem, casualmente, ao passar junto a uma esplanada, fui convidado por amigos, para participar numa conversação que estavam tendo com a professora espanhola doutorada em história que lecciona numa Universidade de Madrid e é autora de um livro que foca a guerra de Portugal no Ultramar e está a preparar a publicação de novo livro com assuntos relacionados com os tratados no primeiro e comparando as atitudes de Espanha e de Portugal em relação aos territórios de além-mar, elogiando o papel mais humano e civilizador dos portugueses.
A conversa foi muito interessante e, a certa altura, foi colocada a interrogação acerca dos efeitos a prever para a humanidade advindos da postura do Papa Francisco, em termos sociais e políticos e quais os efeitos da reacção que parece estar a ser levantada no sector conservador radical do Vaticano. A professora apresentou a dúvida de a maior reacção poder surgir do sector conservador (acomodado) do Vaticano, mas brotar da Ordem Jesuíta a que o Papa pertencia, e que pode não tolerar que um jesuíta deixe de defender a elite central e passe, como um franciscano, a defender a periferia social. Esta espécie de traição ou deserção pode dar origem a grave risco para Francisco devido às suas palavras e acções, à semelhança do que se passou com os seus recentes antecessores.
Hoje, tudo se apresenta muito complexo e os interesses em jogo podem surgir das origens mais ocultas e menos suspeitas. Por exemplo, ser decisor político ou líder de importante organismo nacional ou internacional exige isenção, desprendimento dos interesses próprios (da própria vida), coragem para correr os riscos de enfrentar as pressões que se lhe oponham, com intenções opostas nos aspectos de moral, de ética e dos interesses nacionais.
Governar significa olhar para as pessoas em geral, principalmente para as de menos teres.
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