Miguel Macedo diz que é urgente a “exigência nacional” que é a reforma do Estado, tarefa que deve ser feita “com pés e cabeça, com critérios bem definidos”.
Quanto à «urgência», não restam dúvidas. Já devia ter sido iniciada há muitos anos para se evitar chegar ao actual estado caótico, com obesidades pesadas e inconvenientes, que apenas têm vantagem para parasitas do erário público. É pena que este Governo não tivesse querido ser o seu autor, iniciando-a, a sério e com determinação, no início do seu mandato, mas careceu de vontade e de coragem para enfrentar os efeitos dos cortes de tachos inúteis. A obesidade da máquina estatal tem muito interesse para boys de reduzidas capacidades humanas.
Quanto a ser feita «com pés e cabeça», qualquer assunto deve ser resolvido com tal são critério. Perante um tronco de árvore, o lenhador, usando o machado apenas consegue fazer lenha em cavacos; o serrador faz tábuas; e o escultor faz estátuas e outras obras de arte.
Ora, estando nós com governantes e políticos, em geral com a actual origem e formação não podemos contar com mais do que lenhadores que produzem cavacos com estilhas. É por isso que os governantes, embora sem deixar de falar em tal reforma, não param de prometer apresentar um guião e de adiar sucessivamente a data da sua apresentação, o que dá poucas esperanças e perspectivas de ele vir a ser concretizado, com cabeça, tronco e membros.
Imagem de arquivo
terça-feira, 29 de outubro de 2013
REFORMA DO ESTADO EM FUTURO INCERTO
Publicada por A. João Soares à(s) 21:26
Etiquetas: reforma do Estado
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
A apresentação de um extenso guião nada trouxe de concreto nem de novo. Seria preferível que tivesse sido dada mais atenção ao que Luís Marques Mendes tem publicado como, por exemplo, o seguinte:
htp://www.publico.pt/politica/noticia/marques-mendes-apresenta-lista-com-dezenas-de-institutos-publicos-que-podem-ser-extintos-1459975
Enviar um comentário