Para atingir objectivos não basta querer e falar vezes sem conta acerca do desejo que se alimenta obsessivamente. Isso não transforma o desejo em realidade. Trata-se do fenómeno que José Gil denomina de obsessão neurótica.
Não é por muito querer que as medidas surgem e produzem efeitos. Fica a interrogação: O que está a ser planeado e programado para materializar esse «querer»? Só tais medidas, se forem viáveis, poderão criar esperança e optimismo nos cidadãos. Sem isso, cai-se na contestação, na crítica, na reclamação, por vezes pouco ponderada, e no descrédito de quem promete.
Acerca de reclamar, recordo as seguintes três frases:
- Se lutares, podes perder; se não lutares, estás perdido!
- O que me preocupa não é o grito dos maus! É o silêncio dos bons
- Para o triunfo do mal basta que os bons não façam nada.
Porém, na actual situação, parece estar a acontecer que ninguém se preocupa em pensar seriamente naquilo que vai dizer. Uns prometem e até decidem coisas que não lembram ao diabo e, por vezes, sentem-se na necessidade absoluta de recuar. Outros disparam críticas ao acaso sem fazer uma pontaria cuidadosa e sem ter a hombridade de sugerir, mesmo que toscamente, uma hipótese de caminho considerada melhor para as soluções dos problemas que lhes parecem mal resolvidos.
Temos que concluir que a sociedade está doente, mas é dela que saem os governantes que, infelizmente, nem sempre provêm da amostra menos afectada.
Imagem de arquivo
Sexta-feira na Rua do Benformoso em Lisboa
Há 2 horas
1 comentário:
Como podemos conjugar estas duas notícias?
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O Governo já tem ano e meio de exercício, a crise tem aumentado em desemprego, falências de empresas e outros sacrifícios, mas as promessas, os «desejos» continuam em profusão. Em que podemos ou devemos acreditar?
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