A linha do raciocínio de Passos Coelho não parece rectilínea, e faz recear esteja a seguir manuais diferentes conforme o dia da semana ou as pressões de momento.
Hoje surgem na Comunicação Social duas ideias que precisam ser bem explicadas para as integrarmos com as anteriores e, depois, podermos reforçar a confiança que desejamos depositar nele e na sua capacidade para as árduas tarefas que tem pela frente.
São lhe atribuídas as seguintes palavras, ao referir-se ao PS, «não se pode ser poder, sem antes apresentar proposta de exercício desse poder». Isto levanta a interrogação: será que o actual Governo está a seguir as propostas que apresentou? Será que tem cumprido as promessas que tem feito depois de ter tomado posse? Faz recordar a letra de uma canção de meados do século passado: Há sinceridade nisso ???!!! Como podemos ter confiança nas suas palavras?
Outra afirmação é que o nível da recessão está dentro do expectável, o que nos vem recordar promessas anteriores (14 de Agosto do ano findo) em que anunciou o fim da recessão em 2013 e a de há poucos dias quando disse que "queremos crescer nos próximos anos acima da média dos últimos 12". Então, se já há cinco meses era expectável que a recessão seria hoje a que realmente nos está a esmagar, com que intenção disse, nessa altura, que ela terminaria no corrente ano? E que data pensa ser real o grau de crescimento anunciado há dias?
Como pode achar-se logicamente em condições de exigir a um partido da oposição que se quer ser poder tem que antes apresentar propostas sobre a forma de o exercer. Parece tratar-se de «jogos florais», de duelos de «alecrim e manjerona», mas o povo sofredor, altamente sacrificado com uma austeridade crescente em espiral, não está interessado nesse jogo de palavras estéril e inconsequente. Os portugueses precisam de ver resultados de medidas concretas, eficazes, que lhe minorem as dificuldades em que foi submergido por más governações sucessivas que têm vivido acima das nossas possibilidades.
Imagem de arquivo
Duplo critério
Há 1 hora
1 comentário:
A sua amnésia vai ao ponto de, nos Açores, afirmar: «Alguém que pense que pode chegar às responsabilidades sem dizer ao país como vai governar e resolver os problemas, cavalgando apenas a insatisfação ou dificuldades, esse nunca inspirará confiança dos portugueses para governar»
Enviar um comentário