Talvez não tenha sido por acaso que após a informação de Vítor Gaspar sobre o agravamento da austeridade (sem ter tocado nas obesidades do Estado) Cavaco tenha publicado no Facebook uma mensagem «em que alerta para o facto de “o investimento feito em capital humano pode vir a ser aproveitado não por quem investiu mas por quem oferece melhores condições de trabalho, quer no plano salarial quer no da realização pessoal”.»
Acrescenta que “Uma agenda de crescimento e de competitividade para o médio e longo prazo tem de ter em conta este problema, que já é real: os mais qualificados, aqueles que potenciam a inovação, estão a deslocar-se para os países do Norte da União Europeia, com isso contribuindo para aprofundar ainda mais assimetrias que põem em risco a coesão da Europa”.
Mas parece que a já tão falada impreparação dos governantes impede que estes virem os olhos para o capital humano, que devia ser o objectivo principal do Governo, e, pelo contrário, mantêm a fixação em agravar os sacrifícios exigidos aos contribuintes para evitar mexer nas inúteis obesidades do Estado, onde se anicham «boys« e «girls» do regime.
As perspectivas sociais e o futuro dos portugueses estão em sério risco.
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quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Emigração. A fuga dos melhores
Publicada por A. João Soares à(s) 05:23
Etiquetas: austeridade, capital humano, emigração, governar, sentido de Estado
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