Segundo o relatório da Rede Eléctrica Nacional (REN), seis por cento (6%) da energia eléctrica total consumida em Portugal durante o ano 2006 foi de produção eólica. Em 2006 entraram em actividade 36 novos parques eólicos.
Trata-se de uma notícia agradável, por ser uma energia ecológica, limpa, amiga do ambiente. Só é de lamentar que o recurso a esta origem de energia, tão abundante por todo o país, tivesse sido sucessivamente adiado pelos políticos ignorantes e complexados que não tiveram argumentos nem coragem para enfrentar os autodenominados «ecologistas» que tudo empatam para se sentirem e mostrarem importantes e que, neste caso, apontavam o perigo que os geradores representariam para as aves que seriam atropeladas pelas pás das hélices. Coitados! Pensavam que as aves eram «tapadas» como eles! Porém, agora que há muitos aerogeradores a funcionar, não consta que nos referidos parques haja montes de cadáveres de aves mortas pelos geradores! Ou estarei enganado? Também não consta que a fauna aérea tenha sofrido uma perigosa redução, com prejuízo para o equilíbrio das espécies, devido ao aumento dos parques.
Mas as pressões de grupos ditos «intelectuais», alheios aos verdadeiros interesses nacionais, aliadas à incapacidade dos governantes, têm prejudicado o desenvolvimento da economia e a melhoria da qualidade de vida, com gastos enormes, como aconteceu no adiamento da barragem do Alqueva, na paragem das obras da barragem de Foz Côa, no adimento da barragem do Baixo Sabor e da barragem de Odelouca, nos custos do túnel de Belas na CREL e da compra da Pedreira do Galinha na Serra de Aire para proteger pegadas de dinossáurio que ninguém visita e de que ninguém fala, e no adiamento da central nuclear, inicialmente prevista para Ferrel (Peniche), e no tempo perdido até o Governo se decidir pela escolha do traçado da auto-estrada A2 para o Algarve, etc.,etc.
Mas, agora, que se fala nos perigos da poluição para o ambiente e pra as mudanças de clima, já se aceita a energia eólica e deixou de se ver os perigos para as aves. E conclui-se que, se houvesse mais senso, saber e coragem, o País não estaria a chapinhar no pântano, como infelizmente, está.
Recordando alguns dos nossos livros de cabeceira em 2024
Há 46 minutos
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