sexta-feira, 14 de julho de 2023

A SEGURANÇA EXIGE MAIS SENSIBILIDADE E RESPONSABILIDADE DOS GOVERNANTES

https://www.blogger.com/blog/post/edit/7302028665744397498/7454522319239047261

(Public em O DIABO nº 2428 de 14-07-2023, pág 16. Por António João Soares)

Depois do tiroteio numa escola primária no Texas em que morreram 19 alunos, todos menores, e duas professoras, soube-se que nos EUA, desde o início do ano, houve mais de 17 mil mortes provocadas por armas de fogo. E este trágico fenómeno não tem acontecido apenas nesse país, pelo que exige ser devidamente analisado, para evitar a insegurança das pessoas. O fabrico de armas mortíferas e a sua venda devem ser devidamente controlados, para se evitar estes casos lamentáveis que vitimam pessoas completamente inocentes, como foi o caso desta escola e criam comportamentos sociais indesejáveis, perigosos e que influenciam da pior forma a falta de confiança das pessoas na civilização em que vivem.

A humanidade não deve ter medo apenas das armas nucleares, deve estar defendida de outros objectos fatais que são fabricados e vendidos, sem sentido de responsabilidade, sem controlo nem fiscalização, apenas com a ganância do lucro e ambição do dinheiro. A vida está cada vez mais ameaçada por actividades aparentemente inofensivas, mas realmente muito perigosas e sem uma utilidade totalmente explícita e justificada. É indispensável que a educação seja devidamente cuidada a fim de tais materiais não serem utilizados com finalidade de causar danos físicos, além de mentais, nas pessoas, sendo irremediavelmente lesivos na convivência pacífica em que é desejável viver. 

A segurança e a vida devem exigir máximo cuidado de cada pessoa, mas há perigos que ninguém pode prever e é difícil tomar as melhores medidas para os evitar. Para isso cabe à autoridade e responsabilidade dos serviços públicos, quer militares quer das forças de segurança e das autarquias sob a dependência do Governo, controlar o fabrico e a utilização de armas de fogo e ferramentas cortantes que possam ser utilizadas como instrumento de agressão. É certo que estas ferramentas não obedecem a vulgares sistemas de controlo e eficaz observação, mas isso exige uma boa preparação mental e de educação a fim de se evitar a sua utilização no pior sentido.

Essa preparação mental exige a boa vontade e o esforço geral de empresas e qualquer tipo de serviços públicos ou privados que devem insistir com o seu pessoal neste cuidado preventivo que depende de cada pessoa e que deve ser divulgado cuidadosamente a fim de a humanidade não se deixar arrastar por essa moléstia de que todos poderão vir a sofrer. Se o mundo continuar a deixar-se arrastar por tais fraquezas de má ética, a humanidade será arrastada para uma crise que poderá ser fatal para a indispensável harmonia social.

Enfim, é preciso desde a infância mentalizar as pessoas para evitar riscos da saúde e da vida, própria e dos outros e, quando se aperceberem de que está a surgir uma situação perigosa, devem informar alguém que avise uma autoridade capaz de intervir para evitar perigo para a saúde ou a vida de pessoas ou, no mínimo se sentirem essa possibilidade, aconselhar o potencial malfeitor a ter calma e pousar o objecto perigoso. Mas tais tipos diabólicos raramente têm serenidade para aceitar um tal conselho.

Porém, a geral degradação da violência doméstica, os crimes praticados por jovens e até por políticos, a corrupção, etc, mostra que pouco se pode esperar de governantes que vivem dominados pela ambição, visando o enriquecimento pessoal e a vitória em próximas eleições, desprezando situações reais que exigem especial cuidado para os verdadeiros interesses nacionais de que faz parte convivência harmoniosa da população, não permite ser optimista do futuro da humanidade em geral.

É preciso dar um grande passo em frente e este deve ser iniciado pelas pessoas mais válidas, e com voz audível, debatendo publicamente a necessidade de melhorar os comportamentos para benefício de todos os humanos. E as escolas devem ser os pontos de partida. A Justiça também deve ser bem utilizada para punir todas as faltas, desde as menores. 


Sem comentários: