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(Public em O DIABO nº 2428 de 14-07-2023, pág 16. Por António João Soares)
Depois do tiroteio numa
escola primária no Texas em que morreram 19 alunos, todos menores, e duas
professoras, soube-se que nos EUA, desde o início do ano, houve mais de 17 mil
mortes provocadas por armas de fogo. E este trágico fenómeno não tem acontecido
apenas nesse país, pelo que exige ser devidamente analisado, para evitar a
insegurança das pessoas. O fabrico de armas mortíferas e a sua venda devem ser
devidamente controlados, para se evitar estes casos lamentáveis que vitimam
pessoas completamente inocentes, como foi o caso desta escola e criam
comportamentos sociais indesejáveis, perigosos e que influenciam da pior forma
a falta de confiança das pessoas na civilização em que vivem.
A humanidade não deve
ter medo apenas das armas nucleares, deve estar defendida de outros objectos
fatais que são fabricados e vendidos, sem sentido de responsabilidade, sem
controlo nem fiscalização, apenas com a ganância do lucro e ambição do
dinheiro. A vida está cada vez mais ameaçada por actividades aparentemente
inofensivas, mas realmente muito perigosas e sem uma utilidade totalmente
explícita e justificada. É indispensável que a educação seja devidamente
cuidada a fim de tais materiais não serem utilizados com finalidade de causar
danos físicos, além de mentais, nas pessoas, sendo irremediavelmente lesivos na
convivência pacífica em que é desejável viver.
A segurança e a vida
devem exigir máximo cuidado de cada pessoa, mas há perigos que ninguém pode
prever e é difícil tomar as melhores medidas para os evitar. Para isso cabe à
autoridade e responsabilidade dos serviços públicos, quer militares quer das
forças de segurança e das autarquias sob a dependência do Governo, controlar o
fabrico e a utilização de armas de fogo e ferramentas cortantes que possam ser
utilizadas como instrumento de agressão. É certo que estas ferramentas não
obedecem a vulgares sistemas de controlo e eficaz observação, mas isso exige
uma boa preparação mental e de educação a fim de se evitar a sua utilização no
pior sentido.
Essa preparação mental
exige a boa vontade e o esforço geral de empresas e qualquer tipo de serviços
públicos ou privados que devem insistir com o seu pessoal neste cuidado
preventivo que depende de cada pessoa e que deve ser divulgado cuidadosamente a
fim de a humanidade não se deixar arrastar por essa moléstia de que todos
poderão vir a sofrer. Se o mundo continuar a deixar-se arrastar por tais
fraquezas de má ética, a humanidade será arrastada para uma crise que poderá
ser fatal para a indispensável harmonia social.
Enfim, é preciso desde a
infância mentalizar as pessoas para evitar riscos da saúde e da vida, própria e
dos outros e, quando se aperceberem de que está a surgir uma situação perigosa,
devem informar alguém que avise uma autoridade capaz de intervir para evitar
perigo para a saúde ou a vida de pessoas ou, no mínimo se sentirem essa
possibilidade, aconselhar o potencial malfeitor a ter calma e pousar o objecto
perigoso. Mas tais tipos diabólicos raramente têm serenidade para aceitar um
tal conselho.
Porém, a geral
degradação da violência doméstica, os crimes praticados por jovens e até por
políticos, a corrupção, etc, mostra que pouco se pode esperar de governantes
que vivem dominados pela ambição, visando o enriquecimento pessoal e a vitória
em próximas eleições, desprezando situações reais que exigem especial cuidado
para os verdadeiros interesses nacionais de que faz parte convivência
harmoniosa da população, não permite ser optimista do futuro da humanidade em
geral.
É preciso dar um grande
passo em frente e este deve ser iniciado pelas pessoas mais válidas, e com voz
audível, debatendo publicamente a necessidade de melhorar os comportamentos
para benefício de todos os humanos. E as escolas devem ser os pontos de
partida. A Justiça também deve ser bem utilizada para punir todas as faltas,
desde as menores.
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