É sempre animador continuar a marcha quando os passos estão orientados para objectivos válidos a atingir pelo caminho mais adequado. Mas se os passos anteriores nos desviaram da boa direcção, há que pegar na bússola e ver para que lado nos devemos orientar e escolher o melhor caminho. Na vida nem sempre é fácil voltar atrás e há que procurar remediar os erros feitos e tirar daí as lições mais úteis para o caminho a percorrer.
É fundamental pensar antes de decidir e depois, em vez de teimar no «custe o que custar», é preciso estar atento para corrigir qualquer desvio mesmo que pequeno da rota que nesse momento parecer a melhor, a fim de os passos conduzirem ao objectivo mais desejado pela forma mais eficaz. A condução automóvel em que as mãos devem estar permanentemente a accionar o volante, sem o fixar, constitui um bom exemplo para a vida prática.
Não é confortante ouvir alguém que tem errado e não cumpriu devidamente as promessas anteriores, continuar a prometer a dizer «asseguro que…» e «garanto que…» mostrando uma teimosia obstinada sem ter analisado as condições em que vivem as pessoas que a sofrem, no corpo e na alma, os efeitos de más decisões, com sacrifícios acima do tolerável. É indispensável, antes de qualquer decisão, pensar bem nos factores que influenciam a vida nacional
Há muito onde fazer cortes para beneficiar a situação nacional. Vários pensadores têm apontado onde eles devem ser feitos, de forma integrada numa profunda Reforma do Estado que tem sido demasiadamente anunciada, «assegurada», «garantida», mas de que se não tem visto as linhas gerais. Desses pensadores cito um do partido do PM que tem indicado medidas concretas que não devem ser desprezadas. Algumas delas podem ser vistas em Dezenas de institutos públicos a extinguir, Onde se cortam as despesas públicas???, Reforma do Estado sugerida em 2006, Reformar o Estado é urgente, Consultores caros e ineficazes ???.
E na Reforma do Estado, deverá ser profundamente revista a Constituição (em momento oportuno, com serenidade e patriotismo), a fim de ser respeitada pelo Governo (coisa que não tem acontecido) e de contribuir para o melhor funcionamento do Estado a bem de todos os portugueses. Em todos os sectores, há que simplificar, tornar tudo claro e bem justificado aos olhos dos portugueses, retirando tudo o que não é realmente útil e necessário, tudo o que é redundante ou demasiado dimensionado, simplificar a burocracia em todos os serviços públicos, etc É preciso tornar a máquina do Estado simples, leve, ágil, para ser económica e eficaz.
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Recordando alguns dos nossos livros de cabeceira em 2024
Há 55 minutos
7 comentários:
Agora vem o que sempre esteve planeado desde o início, andou-se aqui a disfarçar para enganar os tolos votantes. É necessário criar uma bolsa de pobreza, ou seja, arrebanhar cerca de um ou dois milhões de pessoas, e reduzir-lhes os rendimentos até à linha da pobreza. Claro que isto será feito sobre os reformados, as suas pensões serão drasticamente reduzidas, não interessará que tenho tirado cursos para terem uma vida melhor, estes sábios que nos governam agora decretaram que tudo isso foram más opções, as de agora é que são boas. Como os velhos não podem voltar à vida ativa, isto é, talvez aqueles com cursos de medicina, ou profissões técnicas com falta de pessoas, serão eles esta bolsa de pobreza e nunca mais de lá sairão. Pela parte que me toca veremos se me restará massa para ter Internet (é luxo que estes novos pobres não terão acesso).
Caro Taxi Pluvioso,
Como podemos confiar num teimoso obsessivo pelas suas ideias que só constam de promessas e não de realizações, por uma equipa que erra sistematicamente as previsões, que abusa falaciosamente dos verbos assegurar, garantir, etc?
Prometeram fazer a «refundação» do Estado, mas mantêm e aumentam as suas gorduras - ainda há pouco foram admitidos dois assessores para ligação à troika mas que, com vinte e muitos poucos anos, não têm a mínima experiência da vida, nem sentido das realidades. Mas têm salários e mordomias de muitos salários mínimos nacionais.
O que podemos esperar? Quanto aos reformados espera-os a eutanásia, para deixarem de pesar no orçamento e de entupir o serviço de saúde. Este serviço terá êxito quando matar todos os doentes e gabar-se-á da sua eficácia por não haver filas de espera nem camas ocupadas nos hospitais.
Um abraço, virtual, enquanto podermos ter Internet.
Abraço
João
Extracto do «Correio da Manhã». Para ler todo o artigo faça clic neste texto:
O economista e prémio Nobel Paul Krugman voltou a criticar as medidas de austeridade na Europa, aconselhando Portugal a simplesmente dizer que "Não".
Numa pequena nota escrita no blogue no domingo, a que deu o título de "Just Say Nao", o economista assinalou a chegada "do dedo da instabilidade" a Portugal, com "o Governo a propor, claro, a cura das questões com Mais Austeridade".
Krugman – que se tem manifestado contra as políticas de austeridade na Europa – diz no entanto que escreverá mais sobre o assunto, a que chamou "a próxima fase da crise europeia", ainda esta segunda-feira.
O primeiro-ministro garantiu no domingo que o Governo não irá aumentar os impostos como forma de compensar as normas orçamentais chumbadas pelo Tribunal Constitucional, optando por reduzir a despesa pública com segurança social, saúde, educação e empresas públicas.
Fique contente, está próximo dos 150 mil visitantes, não é um feito para qualquer um, todos levam daqui o que se propôs a fazer...
Navegar nestas águas democráticas,aprendemos muito, mesmo não deixando comentários,o necessário para formar cidadãos conscientes capazes de escolher melhor seus dirigentes e o mundo se transformar. Alegre-se, cumpre seu objetivo...
celle
Querida Amiga Celle,
Muito obrigado por esta visita e o comentário. A sua perspicácia é encantadora. Há quem me considere um crítico severo. Estão enganados e mostram que não lêem atentamente os textos. Ácidos são alguns bloguistas que usam termos ofensivos e demasiado hostis. Respeito todas as pessoas de qualquer quadrante e cito as suas frases quando trazem algo de positivo, que ajude a fazer uma análise mais completa.
Critico positivamente, procurando terminar por dar bons conselhos. As coisas mais agrestes são sempre traduzidas por modos urbanos, civilizados, didácticos. Por vezes em casos muito graves recorro a um apouco de ironia. Neste caso comecei com o trocadilho de Passos com passos. O maior crítico que tenho sobre os meus escritos sou eu próprio. Gosto de no fim ficar satisfeito com o trabalho apresentado, e então paro de fazer retoques. A minha tendência é mudar sempre qualquer pormenor para melhorar a tradução da ideia.
Bem haja Amiga Celle.
Beijos
João
Na verdade a serenidade é um valor
mas quando as palavras saltam
não por verdades absolutas
mas fortes convicções
é irresistível gritar
Caro PUMA,
A serenidade é realmente um valor a manter e a rendibilizar para a inovação e a produtividade no melhor sentido e para os melhores efeitos.
Mas não há verdades absolutas senão em mentes débeis de cruéis ditadores autoritários e dominadores pelos piores métodos. Tudo é relativo e tudo está sujeito a incontáveis factores que exigem rever a acção em cada momento, adaptando-a a alterações ambientais, circunstanciais. Viver ou governar constitui uma actuação do género da condução automóvel em que o volante da direcção não pode ser desprezado um só momento, para fazer face às condições da estrada e a tudo o que nela se passa ou pode passar-se.
A «imbecilidade dos nossos governantes cria-lhes a errada noção do poder e da infalibilidade e teimam obsessivamente num capricho que impõem ao povo «custe o que custar», não reconhecem os seus erros e falhas e «prometem continuar» em vez de procurar mudar para a rota mais apropriada para atingir os objectivos mais favoráveis aos 80 por cento da população, aquela que está por eles condenada a viver na pior miséria e a morrer de fome, de carência de cuidados de saúde, de educação deficiente, de insegurança ou por suicídio.
O povo devia gritar, com o seu poder que lhe é concedido teoricamente pela DEMOCRACIA, mas infelizmente está exangue, sem coragem nem força para manifestar a sua indignação, e deixa-se iludir por promessas, que não passam de palavras bonitas.
Mas a vacuidade cerebral está ligada à ostentação e ao palavreado oco, e aparecem jovens acriançados, sem uma sólida preparação, a tentarem convencer que são SENHORES ÚNICOS DA VERDADE e que prometem colocar de lado a PESTE GRISALHA!!!. Outros puxam por um dos poucos livros que folhearam e citam frases de sábio do século passado a querer mostrar competência e idoneidade e tentam impor ideias que foram aplicáveis noutros tempos mas que não são minimamente ajustadas à sociedade actual, com características muito diferentes e mais complexas. Não conseguem perceber que as realidades são outras, não conhecem o mundo real e as condições em que vive grande parte da população que, por isso, martirizam de forma desumana.
Não sabem aplicar nas suas tarefas o exemplo do automobilista que nunca fixa o volante, para não se expor a um grave acidente nos segundos mais próximos.
E o pior mal da humanidade é que, pelo mundo, predominam nos governos pessoas de tal estirpe, que não pensam nos interesses das pessoas mas apenas deles e do seu clã e se orientam por vãs vaidades, como se vê na Coreia do Norte, na Síria e em vários países da Europa que há muito deixou de ser o modelo e a mola real da civilização ocidental e a mola do Mundo.
Abraço
João
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