O Governo pretende apenas aplausos às suas teimosias do «custe o que custar» fazendo recordar o slogan «orgulhosamente sós» de tempos idos.
Não tem falta de colaboração, quer da oposição quer de comentadores quer manifestações populares mais ou menos numerosas, em que ao lado das críticas construtivas aparece a afirmação do descontentamento e da indignação, mas também sugestões de medidas adequadas à melhoria do bem-estar das pessoas e do crescimento da economia.
Mas a essas sugestões e conselhos, o Governo gaba-se de estar na melhor rota e afirma, garante, assegura, que vai continuar sem se submeter aos protestos de manifestações de indignação, nem outras pressões, nem às sugestões da oposição.
Repare-se nas propostas de comentadores e homens sabedores e experientes da própria área dos partidos da coligação, algumas delas referidas neste blogue. Está tudo dito. Estão listadas todas as alternativas, mas o Governo só quer aplausos e recusa as colaborações patrióticas, bem intencionadas que lhe chegam gratuitamente sem ter que pagar aos gabinetes dos seus amigos para onde tem fluído caudalosamente o dinheiro público que agora faz falta.
Têm sido aqui citados artigos de Luís Marques Mendes, de Paulo Morais e muitos outros que, se fossem apreciados com a devida atenção, pelos decisores do Governo, nos estudos que deveriam preceder as suas tomadas de posição, o País não estaria, certamente, no actual estado crítico. Mas como é que os «sábios» do Governo poderiam tirar disso as conclusões mais úteis se, nem sequer, se dão ao trabalho de observar a Constituição da República e obedecer aos seus ditames?
Por isso é caricato que uma entidade da cúpula do partido maioritário aparecesse na TV a atacar a oposição com palavras agressivas, mas balofas e despropositadas, em vez de aproveitar esse tempo de antena para mostrar aos portugueses algum trabalho útil feito nos passados 21 meses, isto no caso de algo ter sido feito de positivo para evitar a espiral recessiva que tem sido dolorosamente sentida no corpo e na alma pela maior parte da população.
É pena que o Governo não queira seriamente a colaboração dos portugueses em geral e das instituições oficialmente formalizadas.
Imagem de arquivo
O Papo-Seco (Crónica) - 4417 carateres
Há 35 minutos
2 comentários:
Além de o País beneficiar com o Governo prestar atenção às críticas vindas da oposição e dos portugueses e aproveitar as melhores propostas e sugestões,
Fernando Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), é de opinião que Socialistas devem integrar coligação PSD-CDS.
De acordo com o post
Não se entra na casa alheia sem ser convidado
Enviar um comentário