A evolução da humanidade, nem sempre foi imune a perigos de má utilização de evoluções que, se bem aproveitadas, com critério ético e precavido, seriam fonte de comodidade e bom viver.
Há, hoje, consciência de que o dinheiro e o petróleo constituem a causa de grandes males que tornam as pessoas infelizes sob diversos aspectos.
O dinheiro foi criado para facilitar as trocas de produtos e a remuneração de serviços prestados. Isso era de grande utilidade. Mas a má formação das pessoas veio transformá-lo em ferramenta da ambição, ostentação, competição, especulação, inveja, corrupção tráfico de influência, marketing agressivo incitando ao consumismo, perda da noção do essencial e das futilidades, etc, etc
O petróleo, aliado à ambição e outros vícios referidos em relação ao dinheiro, veio desenvolver a industrialização, primeiro como coisa útil, mas depois como competição e ambição de riqueza, etc. Diariamente são consumidos milhões de toneladas deste hidrocarboneto, na forma dos seus múltiplos derivados, praticamente todo transformado em monóxido de carbono, poluindo o ar, a terra e o mar, com destruição do ambiente e da vida que nele se processa. Doenças variadas e a mudança do clima devem-se em grande parte ao consumo dos derivados do petróleo. E a ele se devem muitas guerras que têm destruído vidas humanas, património arqueológico e de utilidade corrente e espécies naturais.
Não é fácil prescindir do dinheiro e da mola que faz girar a roda da indústria em geral, mas deve começar a meditar-se na melhor forma de utilizar as ferramentas de que dispomos, sem lesar a Natureza e a vida humana, nos aspectos de vida física e de comportamentos éticos.
Neste mês dedicado à Natureza, com o equinócio da Primavera a marcar o momento do rejuvenescimento da vida animal e vegetal no Planeta, será bom meditar sobre este tema.
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sexta-feira, 2 de março de 2012
Dois grandes inimigos da sociedade
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3 comentários:
Caro João...
Eis duas verdades,creio que não é facil resolver estas questões, e o pior é que as duas estão agarradas como carrapatos, e que não se pense que são só interesses externos, creio aliás que a espéculação interna é soperior a externa, poucos dos nossos governantes ao longo dos anos teve realmente conciencia oara as divisas que saem do país, antes refletem para o que pagamos em impostos.
Se assim não fosse à muito que estavam banidas das nossas estradas as grndes bombas vindas da Alemanha, Italia, Reino Unido ou França, isto para referir só os cumunitários.
Aliás o tal petroleo e o tal dinheiro não seriam tão importantes se as pessoas prescindissem desta mania de grandezas, aliás gostava de ver a cara dos patrões(donos) da Europa se não se vendessem estas bombas durante uns anos.
Caro Campista Selvagem,
Com a sua clarividência não justifica o apelido Selvagem!!!
Sobre o dinheiro e a riqueza material começo por recordar os seguintes textos:
Dinheiro não é o essencial
Dinheiro não dá felicidade
Mark Boyle: Há um ano sem dinheiro
Realmente, hoje não é fácil, em poucos dias aprendermos a viver sem dinheiro ou sem os produtos derivados do petróleo, como sem o telemóvel ou sem os computadores.
Mas há que começar a ensinar às pessoas a deixarem de ser tão escravas de ferramentas que apenas devem ser úteis para nos servir. O objectivo da vida não deve ser o dinheiro mas a nossa felicidade que será tanto maior quanto mais simples for a nossa vida.
Em vez de se endeusar o dinheiro deve procurar-se ter
Simplicidade na vida
A ostentação, o consumismo, são frutos de uma ambição desmedida com a qual se procura ocultar a vacuidade craniana. Há tempos na TV a um sociólogo foi colocada a pergunta: Se a um indivíduo médio da nossa sociedade saísse um prémio da lotaria de 200 contos, onde é que acha que iria utilizar o dinheiro: num telemóvel desse preço que agora foi colocado no mercado ou numa TV moderna desse preço? A resposta foi imediata: Claro que num telemóvel, porque a TV pode ser das mais baratas, pois fica em casa e só a família e os amigos a podem ver e esses já sabem o grau de poder de compra, ao passo que o telemóvel, colocado na mesa do restaurante dou do café dão imagem de riqueza, de abastança.
E hoje as generalidade das pessoas preocupa-se demasiado com a ostentação, com marca do vestuário do calçado, do carro, do telemóvel.
Mas parece que a crise está a fazer as pessoas pensar mais seriamente na vida. Será que a sociedade vai mudar, mesmo que pouco???
Um abraço
João
João, lembrei-me de que lí algo mais ou menos assim:O amor ao dinheiro continua dominando a vida e as atitudes de muitas pessoas até hoje.
É como um “deus” tudo gira em torno dele.Para que isto não perdure e um novo modus vivendi seja legado às próximas gerações é mister “educar para o dinheiro”, para o reto uso do do mesmo.
Para isto, uma das palavras que precisa ser resgatada e posta em prática por nações, empresas e pelas pessoas é sobriedade. Sobriedade indica a capacidade de moderar-se, usar sensatamente as coisas, temperança. O “pai dos pobres”, S. Francisco em sua época, falava aos quatro ventos da boa pobreza e da má pobreza.A boa pobreza é sermos pobres de coisas e ricos de virtudes, enquanto a má pobreza, pelo contrário, é ser rico de coisas e pobre de virtudes.
Assim a riqueza deve ser para cobrir nossas necessidades e poder ajudar nosso semelhante, sem humilhá-lo.
bjs
celle
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