sábado, 16 de maio de 2009

Economia directa. Bancos não são indispensáveis

Recebi por e-mail este texto que relaciono com os três linkados a seguir, porque me parecem um bom estímulo para meditarmos na complexa situação em que o mundo se encontra, por um lado a procurar ultrapassar a crise e a preparar o futuro em moldes diferentes daqueles que originaram o abalo sofrido pela estrutura financeira e, por outro lado, os movimentos pouco claros que procuram reforçar os poderes instalados, com a «Nova Ordem Mundial» em que pontificam os bancos.

A economia de troca directa os bancos
uma pequena vila e estância balnear na costa sul de França chove e nada de especial acontece.

A crise sente-se.

Toda a gente está carregada de dívidas e deve a toda a gente.
Subitamente, um rico turista russo chega ao foyer do pequeno hotel local. Pede um quarto e coloca uma nota de 100 Euros sobre o balcão, pede uma chave de quarto e sobe ao 3º andar para inspeccionar o quarto que lhe indicaram, na condição de desistir se lhe não agradar.

O dono do hotel pega na nota de 100 Euros e corre ao fornecedor de carne a quem deve 100 Euros, o talhante pega no dinheiro e corre ao fornecedor de leitões a pagar 100 Euros que lhe devia há algum tempo. Este, por sua vez, corre ao criador de gado que lhe vendera os leitões e este por sua vez corre a entregar os 100 Euros a uma prostituta que lhe cedera serviços a crédito. Esta recebe os 100 Euros e corre ao hotel a quem devia 100 Euros pela utilização casual de quartos à hora para atender clientes.

Neste momento o russo rico desce à recepção e informa o dono do hotel que o quarto proposto não lhe agrada, pretende desistir e pede a devolução dos 100 Euros. Recebe o dinheiro e sai.

Não houve neste movimento de dinheiro qualquer lucro ou valor acrescentado.

Contudo, todos liquidaram as suas dívidas e estes elementos da pequena vila costeira encaram agora com optimismo o futuro.

Dá que pensar...

Cardeal-patriarca de Lisboa diz que a chamada “crise” pode estar “a gerar uma nova consciência colectiva”

Público. 15.05.2009 - 18h03 Andreia Sanches

Simpósio sobre solidariedade

“Queremos resolver a ‘crise’ ou queremos também ‘escutar’ a crise? É que do fundo do seu drama pode estar a surgir a voz que desafia todos, pessoas e estruturas, a porem-se a caminho, mudando em favor do homem, renovando-se em nome da família humana.” A questão foi levantada hoje pelo cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, no final do simpósio “reinventar a solidariedade em tempo de crise”, organizado pela Conferência Episcopal Portuguesa. (…)

Almeida Santos adverte para urgência de uma nova ordem mundial

Ionline. por Agência Lusa, Publicado em 16 de Maio de 2009

O político e advogado português António Almeida Santos deixou hoje, em Luanda, um aviso: com 4,3 mil milhões de pobres, a humanidade vai viver uma catástrofe se não houver mudanças políticas profundas.

Advertindo para a urgência dos líderes mundiais ganharem “juízo”,o presidente do PS e autor da obra “Que Nova Ordem Mundial?”, usando a pobreza como referência, adverte que “os pobres não têm nada a perder mas os ricos sim”.

“Ou temos juízo, com mudanças políticas sérias, ou vamos assistir a uma catástrofe”, disse. (…)


E o que
pretendem os bancos ?

Espremer o cliente

Ionline. por Ricardo Reis, Publicado em 16 de Maio de 2009

Há bancos que aproveitam todas as oportunidades para levarem "couro e cabelo" aos seus clientes. Quando lhes toca a eles falam em extorsão

Um conhecido meu tem uma empresa de construção. É essencial neste sector ter empréstimos bancários estáveis para avançar com as obras enquanto se procuram clientes. Há duas semanas, foi chamado a uma reunião num banco. A gerente bancária queria rever as condições de um crédito existente. O spread saltaria de 4% para 10%, e o prazo de pagamento seria antecipado vários meses. O novo contrato já estava preparado, com a data de 1 de Abril, e os novos pagamentos começariam daí a poucos dias. (…)

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