terça-feira, 14 de agosto de 2007

Indignação e negação do «simplex»

Na esperança de que estas palavras possam chegar a quem tenha poderes de agilizar o processo, trago aqui este apelo de um correspondente e amigo que está indignado com erros e obstáculos dos serviços públicos, neste caso a DGV ou entidade que a substitua.

Mudou de residência, pelo que teve que actualizar toda a sua documentação e de sua esposa. Com algumas peripécias pelo meio, lá foi conseguindo, só que a dada altura esbarrou com um monstro de nome “falecida??!!” DGV.

Em 14 de Maio, há precisamente três meses, 92 dias, foi-lhe passada uma guia provisória para substituir a carta de condução, que ficou no serviço para substituição por outra com a morada actual. Em 11 do corrente, foi a uma Loja do Cidadão, á tal DGV que já não é mas que também não sabem muito bem a que Ilha pertencem, e ficou espantado porque se limitaram a renovar a guia até 11/12/2007.

O seu problema é que pretende dar um passeio a Espanha e França de carro e foi informado que não poderá conduzir porque, lá, a guia que tem não é considerada como substituta da carta e, se for apanhado pelas policias deste países ficará numa situação demasiado desconfortável.

Apesar desta situação desagradável, reconhece que a funcionária que o atendeu foi muito simpática e aconselhou-o a ir ao ACP onde, perante a guia e o respectivo pagamento, lhe emitiriam uma Carta Internacional.

Considerando-se «um cidadão que até paga tudo o que tem que pagar», manifesta a sua grande indignação pela demora devida a inépcia (incompetência) de algumas pessoas, sentindo «que se se tratasse de eles cobrarem alguma multa de trânsito ela já cá cantaria».
Lembrando-se do tal tão propagandeado «simplex» ele pergunta «mas afinal que raio de país é este?». Teve que se deslocar propositadamente a Setúbal, ida e volta 250 Km ,e agora terá que ir a Lisboa, pagar mais para conseguir algo que já pagou ao Estado. E tudo isto, devido a um serviço que não funciona devidamente.

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro João Soares,

isto é uma triste realidade.

A burocracia aumentou e não diminuiu.
Podia dar-lhe muitos exemplos...

Compram programas de informática caríssimos que apenas burocratizam cada vez mais.

Sei de programas que infernizam a vida a muitos funcionários. Quando se começam a adaptar, surge algo a estrovar, algo novo, constantes modificações, no planeamento também.

Aqui em Braga a "DGV" parece a feira da ladra em hora de ponta, numas instalações irrisórias que dizem que fechará...

Um abraço

Jorge P. Guedes disse...

Este caso, a somar a outros do género, vem dizer-nos a que ponto chegou o desinteress oficial pelo respeito devido aos cidadãos.
"Vá ao ACP, que eles passam uma carta verde", assim, dito por uma funcionária da entidade governamental. É o CÚMULO !

Um abraço.

A. João Soares disse...

Recebido por e-mail;
Quis mandar comentário, mas não consegui...
Quanto a mim vejo a "EFICIÊNCIA", até pelo que se passa na minha Escola, por exemplo em alturas "de ponta" como são os finais de cada período lectivo e o fim do ano lectivo, os Directores de Turma ficam DOIDOS com o sistema informático constatemente a falhar!!!
Coisas que se fariam à mão em meia hora levam dias (e por vezes, noites!)
Este ano, agora em Julho, na altura de saída das pautas dos Exames Nacionais, houve Colegas que saíram da Escola às 5h da Manhã depois de trabalho seguido e árduo, para poderem publicar os resultados/afixar as pautas no dia seguinte , que era o dia OBRIGATÓRIO estipulado pelo Ministério da Educação !
Maria João

A. João Soares disse...

Amigos Mário, Jorge e Maria João,
O caso narrado e os vossos comentários dão uma imagem clara do caos em que o País está, devido à irresponsabilidade dos meninos amigos dos políticos que estão à frente dos serviços. É de lamentar que os directores não sejam escolhidos por concurso para serem os melhores do serviço. Acabam por ser os mais «amigos» dos patrões, mais simpáticos para os de cima, embora totalmente incompetentes, que arrastam os cidadãos para a lama.
Abraços