terça-feira, 7 de agosto de 2007

Oposições e governos em democracia

Na competição interna de um partido da oposição, um dos candidatos alega ser o melhor para liderar o partido por ter uma estratégia eficiente para fazer a vida dura ao governo.

Na minha qualidade de cidadão apartidário com acentuada ignorância e desmedida inocência utópica, mas muito interessado com o que se passa no País, fico chocado que um líder de um partido, com vocação e intenção de ser governo, faça esta interpretação politiqueira do papel da oposição. Esperava e desejava que os políticos, pelo menos nos discursos públicos, mostrassem colocar em primeiro lugar o objectivo de melhorar os destinos dos portugueses e, portanto, colaborar na governação em todas as suas medias positivas e alertando e criticando o governo em tudo o que seja menos consentâneo com o desenvolvimento sócio-económico do País. Essa, e não a obstrução sistemática, indiscriminada e obsessiva, seria a melhor e mais patriótica actuação da oposição.

Perguntarão como é que esse procedimento se coadunaria com a corrida à alternância democrática, nas eleições periódicas. A resposta pode ser que, certamente, não deixariam de publicitar as suas ideias, propostas e sugestões para a melhor resolução dos problemas fundamentais, evidenciando a sua capacidade como alternativa de governo. E, quanto a propostas e sugestões não aceites que o futuro viesse mostrar serem correctas, poderiam mais tarde dar a conhecer ao País que eles têm soluções melhores e mais pragmáticas que o governo para desenvolver o País e criar mais adequadas condições de vida para os cidadãos.

Desta forma, os partidos seriam mais úteis ao País e granjeariam o apoio esclarecido dos eleitores sem se baixarem ao abuso de fofoquices, tricas partidárias e falsas promessas.
Porém, uma coisa são os ideias de um cidadão interessado pelo futuro do País, e outra coisa são as volubilidades, infantilidades, ambições desmedidas e incompetências dos políticos.

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